Fiocruz Amazônia avalia trabalhos inscritos para a etapa regional Norte da 11ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realizou nesta terça-feira, 30/08, a avaliação dos projetos inscritos para a etapa regional Norte da 11ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), da Fiocruz. Esta etapa envolveu 6.272 alunos e um total de 265 professores de escolas das redes estadual e municipal, de seis estados da região Norte, com 156 trabalhos inscritos nas modalidades Projetos de Ciências, Produção Áudiovisual e Produção de Texto. Os projetos selecionados são premiados como Destaques Regionais e seguem para a etapa nacional, onde professor e aluno representante do trabalho premiado participam da cerimônia de premiação, no Rio de Janeiro, além de eventos culturais e pedagógicos, organizados pela Obsma e parceiros.

A comissão de avaliação da Etapa Regional Norte foi formada por profissionais e pesquisadores das áreas temáticas variadas. Foram montadas, ao todo, três bancas de avaliadores que selecionaram seis trabalhos, dois em cada modalidade. O jornalista e escritor amazonense Otoni Moreira de Mesquita, um dos componentes da banca, destacou a importância da Obsma como ferramenta de estímulo à reflexão pelos jovens. “As atividades que são desenvolvidas ajudam os jovens a pensarem sobre os problemas que afetam a humanidade e sobretudo a região em que vivem, os problemas educacionais, as deficiências, deixando evidente uma atuação mais constante e intensa na percepção e na maneira de externar esses problemas e divulgá-los”, opinou.

A coordenadora da Regional Norte da Obsma, Rita Bacuri, reforça que a finalidade da Fiocruz com a Olimpíada é incentivar os jovens a aprender, conhecer, pesquisar e investigar sobre temas ligados às suas realidades, além de promover o intercâmbio de experiências e atividades interdisciplinares entre escolas públicas e privadas de todo o País. “É um projeto que valoriza os professores e os alunos, e que permite a integração entre diferentes realidades vividas por professores e alunos, fundamentada sempre no compromisso da Fiocruz com a Agenda 2030 da ONU”, afirma Bacuri, salientando a importância da parceria das secretarias estaduais e municipais de Educação.

A cerimônia de premiação, com data a ser definida, será o primeiro evento presencial da Obsma desde o início da pandemia de Covid-19. “Será um momento de celebração da vida e de reconhecimento ao compromisso da Fiocruz com a saúde pública”, comemora. Avaliadora dos Projetos de Ciências, a pesquisadora do ILMD/Fiocruz Amazônia, Muriel Saragoussi, considerou criativos e interessantes os trabalhos apresentados. “Estão todos de parabéns”, destacou ela, afirmando que as propostas demonstram a vontade do professor de trabalhar com as crianças e jovens de forma criativa, envolvê-las em algo que está fora da caixinha daquilo que fazem todo dia.

A Olimpíada é voltada aos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas do Brasil. Criada em 2001, a Obsma incentiva a realização de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde no Brasil, além de possibilitar que o conhecimento científico se torne próximo do cotidiano escolar e que as atividades pedagógicas de professores e escolas ganhem visibilidade.

José Evangelista Torres Filho, jornalista profissional, publicitário e músico, avaliou os trabalhos na categoria Produção Audiovisual. Ele destacou que os trabalhos devem ser avaliados do ponto de vista comparativo e levando-se em conta o universo em que os participantes estão inseridos. “Temos que avaliar os projetos do ponto de vista amador porque são crianças e adolescentes que estão apresentando e levamos isso em conta para fazer a avaliação, observando todos os detalhes e fazendo o comparativo entre eles”, afirmou. A Etapa Regional da 11ª Obsma teve também como avaliadores as pesquisadoras da Fiocruz Amazônia Luciete Almeida Silva, do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), Kátia Maria Lima de Menezes, do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA), e os jornalistas Ivânia Maria Carneiro Vieira e Sérgio Augusto Freire de Souza, professores da Universidade Federal do Amazonas.