Programa de Pós-Graduação em Biologia da Interação Patógeno Hospedeiro discute planejamento estratégico e autoavaliação em oficina na Fiocruz Amazônia

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biologia da Interação Patógeno-Hospedeiro (PPGBIO) realizou nesta quarta-feira, 26/04, na sede do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), a primeira Oficina de Autoavaliação e Planejamento Estratégico do PPGBIO, com o objetivo de discutir o cenário atual, além das metas e indicadores que se pretende alcançar nos próximos anos. Desde seu planejamento, todas as atividades desenvolvidas na Oficina se deram com o envolvimento dos docentes, discentes e gestores do programa e da Vice Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação do ILMD/Fiocruz Amazônia. O PPGBIO é um programa que tem como essência a investigação e formação de recursos humanos voltadas para o entendimento da dinâmica de transmissão das doenças e as interações moleculares e celulares da relação patógeno-hospedeiro no âmbito da biodiversidade amazônica, oferecendo cursos de Mestrado e Doutorado.

Representando a diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Benzaken, a vice-diretora de Pesquisa e Inovação e coordenadora adjunta do PPGBIO, Stefanie Lopes, destacou que o planejamento e a autoavaliação são importantes para o programa não só por atenderem a uma exigência da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação, mas também por se constituir em uma oportunidade de reflexão sobre a importância da existência dos cursos desta natureza no contexto da Amazônia e as formas de contribuição para enfrentar os desafios futuros. A vice-diretora fez um retrospecto histórico da pós-graduação Stricto Sensu e a criação do PPGBIO, ressaltando o papel institucional do programa, criado com o Mestrado em 2017 e a oferta de Doutorado a partir de 2021.

“Primeiro foi o PPGVIDA (Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia), depois o PPGBIO. É importante lembrarmos os caminhos trilhados desde o surgimento desses programas e da importância de todos que participaram desse processo de implementação. É fato que, como instituição, a Fiocruz Amazônia hoje encontra-se fortalecida com esses programas”, comentou Stefanie Lopes, lembrando, também, que os doutorados em associação, como eram feitos antes com outras unidades da Fiocruz, foram determinantes para a criação dos programas próprios do ILMD/Fiocruz Amazônia.

O evento contou com a participação da coordenadora da Área de Ciências Biológicas III (CB III) da CAPES e pesquisadora em Saúde Pública, Camila Indiani, que abordou diferentes aspectos do processo de Avaliação da Pós-Graduação na área CBIII, desde o preenchimento das fichas de avaliação, identificação de forças, oportunidades, ameaças e pontos de aprimoramento do programa. Ela apresentou ainda, considerações sobre o novo Plano Nacional de Pós-Graduação, que integra o Plano Nacional de Educação, do MEC. “Ao longo de 50 anos, foram criados seis planos que ajudaram a pavimentar as instituições de pós-graduação existentes no País”, pontuou.

A vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, da Fiocruz Amazônia, Rosana Parente, salientou que essa é a terceira oficina de autoavaliação e planejamento realizada desde dezembro do ano passado, pelos programas de pós-graduação da Fiocruz Amazônia, como forma de aprimorar o processo de gestão e melhoria do desempenho dos cursos junto à CAPES. “O PPGBIO tem todas as condições para crescer nas avaliações, e, neste sentido, estamos priorizando as discussões sobre planejamento estratégico e autoavaliação dos programas do Instituto, visando integrar esforços e ampliar a participação na discussão, bem como o monitoramento contínuo das nossas atividades”, afirmou.

Falando em nome dos alunos, o doutorando Victor Aquino, coordenador de Articulação Política da Associação dos Pós-Graduandos da Fiocruz Amazônia, enalteceu a importância do PPGBIO como programa que consegue discutir hoje, com propriedade, sobre o Complexo Industrial da Saúde que reúne setores industriais de base química, biotecnológica e mecânica para produção de medicamentos, vacinas, reagentes de diagnósticos, insumos farmacêuticos ativos, dispositivos médicos, focados na inovação na produção em saúde. “Impossível pensarmos em excelência em Ciência aqui na Amazônia, sem nos referirmos ao PPGBIO”, observou.

Para a pesquisadora em Saúde Pública e coordenadora do PPGBIO, Priscila Aquino, a participação do conjunto de atores que formam o programa é fundamental. “Docentes, discentes, Pós-Doc e pesquisadores visitantes sêniores que vem agregando ao programa, são de extrema importância para esse momento de planejamento estratégico e autoavaliação, pois com eles conseguimos ter um panorama mais amplo sobre diferentes olhares, sobre cada um dos temas levando em consideração as dimensões avaliadas pela CAPES, durante a sua quadrienal. É um momento que temos para refletir sobre os objetivos, metas e indicadores e verificar uma visão mais crítica sobre os pontos fortes e fracos do programa”, afirmou Priscila Aquino.

A oficina contou com a participação dos pesquisadores visitantes sêniores Bernardo Bessa Horta (Universidade Federal de Pelotas), Fábio Trindade Maranhão Costa (Universidade de Campinas) e Leila Mendonça Lima (Instituto Oswaldo Cruz – IOC/Fiocruz). À tarde, os participantes formaram grupos de trabalho para discussão e sugestões de encaminhamentos visando o aprimoramento do programa. “Essa integração em conjunto com os sêniores, que possuem uma vivência sobre o processo de avaliação da CAPES, bem como de outros programas de pós-graduação e os temas abordados, só vem a contribuir no aprimoramento do PPGBIO”, complementa Priscila Aquino.