Fiocruz Amazônia realiza oficina de autoavaliação do PPGVIDA
O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realizou durante dois dias a primeira oficina de autoavaliação do Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA). A autoavaliação é uma das etapas do processo de consolidação do programa junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação, e tem como finalidade discutir o cenário atual e as perspectivas futuras do programa, com a participação de docentes, discentes, egressos, gestores e representantes da coordenação. O evento, aberto na quarta-feira, 29/03, pela diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken, contou com a participação dos professores do Programa de Saúde Pública da Universidade de São Paulo Leandro Giatti, e Fredy Galvis Ovallo, o médico sanitarista Alcindo Antonio Ferla, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o coordenador da Área de Saúde Coletiva Bernardo Bessa Horta, pesquisador sênior do ILMD/Fiocruz Amazônia.
A diretora Adele Benzaken destacou a importância da oficina como um marco no processo de consolidação do PPGVIDA. “Esse é um processo que vai ter continuidade futura e é de fundamental importância ter os pesquisadores conosco nessa trajetória, bem como a participação do corpo discente. Desde já, nosso agradecimento aos professores que aceitaram o desafio de estar aqui em Manaus atuando junto ao programa”, destacou. O coordenador do PPGVIDA, Júlio César Schweickardt, ressaltou que a autoavaliação e a definição de critérios de planejamento estratégico devem ser vistos também como oportunidades de reflexão sobre o que significa ter um programa de pós-graduação em condições de vida e saúde na Amazônia e quais as contribuições práticas que ele possa vir a dar ao sistema de saúde.
Schweickardt lembrou que o momento é propício também para a reflexão sobre os avanços obtidos e o que precisamos ainda avançar para aprimorar o desempenho do programa. “Recebemos uma avaliação baixa da CAPES no último quadriênio exatamente por não termos cumprido com algumas exigências, a exemplo da autoavaliação do programa. Com a oficina, que ocorre durante dois dias, temos a oportunidade de rever a avaliação da CAPES, rediscutir as estratégias de aprimoramento do programa com vistas a sairmos do atual patamar de nota mínima para funcionamento do programa”, observou.
“Queremos sair daqui com propostas e sugestões, planejamento estratégico discutido com discentes e docentes. Foram quatro anos difíceis, atravessamos uma pandemia e um pandemônio, mas sobrevivemos e agora temos que olhar para frente”, afirmou o pesquisador Bernardo Horta, lembrando que o planejamento estratégico e a autoavaliação são iniciativas que, de um modo geral, no Brasil, os programas de pós-graduação não realizavam, sendo muitas das vezes surpreendidos nas avaliações da CAPES. “Por isso, são muito importantes esses encontros de autoavaliação porque devem servir de subsídio para os planejamentos dos programas”, complementou.
A oficina marcará também a mudança na coordenação do PPGVIDA, que passa a ter à frente a pesquisadora Ani Beatriz Jackish Matsuura, do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), e como vice-coordenadora a pesquisadora Michele Rocha de Araújo El Kadri, chefe do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA), com a transferência do pesquisador Júlio César Schweickardt para a Fiocruz Brasília. Atualmente, o programa possui 55 alunos. No segundo dia, a oficina contou com a realização de dinâmicas de grupo para integração e acolhimento dos novos alunos.
PPGVIDA
O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA) tem como objetivo capacitar profissionais para desenvolver modelos analíticos capazes de subsidiar pesquisas em saúde, apoiar o planejamento, execução e gerenciamento de serviços e ações de controle e o monitoramento de doenças e agravos de interesse coletivo e do Sistema Único de Saúde na Amazônia.
O programa também visa planejar, propor e utilizar métodos e técnicas para executar investigações na área de saúde, mediante o uso integrado de conceitos e recursos teórico-metodológicos advindos da saúde coletiva, biologia parasitária, epidemiologia, ciências sociais e humanas aplicadas à saúde, comunicação e informação em saúde e de outras áreas de interesse acadêmico, na construção de desenhos complexos de pesquisa sobre a realidade amazônica