Potencial de plantas amazônicas é abordado durante palestra na Fiocruz Amazônia

Na manhã desta segunda-feira, 21/10, o Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) promoveu a palestra “Histórico de uso das plantas amazônicas”, ministrada por Fabiana Frickmann, gestora das RedesFito Amazônia. A atividade faz parte da programação da 16a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), cujo tema na Instituição é “Fiocruz Amazônia e você na semana de C&T (2ª edição): Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”.

A palestra ocorreu na sede da Fiocruz Amazônia e contou, na abertura, com a presença da coordenadora do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (PIC), Priscila Aquino, da assessora da diretoria, Maria Olívia Simão, e da vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Claudia Ríos.

Na abertura do evento, Maria Olívia falou da importância da divulgação científica para o esclarecimento da sociedade sobre assuntos relacionados a ciência e tecnologia, e pediu aos participantes que falem mais sobre ciência com as pessoas no seu entorno, com a finalidade de disseminar a importância da pesquisa para a obtenção de novos saberes. Como convite aos presentes, Dra. Claudia María Ríos Velásquez, ressaltou a intensa agenda de atividades da SNTC da Fiocruz Amazônia.

Pesquisadores, técnicos e bolsistas de iniciação científica participaram da atividade, que teve como principal objetivo capacitar e disseminar informações sobre o histórico da Bioeconomia na Região Amazônica, bem como as possibilidades de plantas medicinais como potenciais fármacos, propriedades industriais e intelectuais.

“Quando se desenvolve uma tecnologia, não se deve ficar guardada. Estratégias de políticas públicas podem ser usadas para isso. O processo evolutivo como se deu e, a partir disso, aprender e fazer de uma forma melhor e mais inovadora. Toda ciência deve ser feita para saúde e prosperidade, correndo o risco de ser utilizada para fins negativos. Mas por isso ninguém mais vai inventar? Não. Mesmo que possa ser utilizada para o mal, o pesquisador tem que estar focado no bem social dessa inovação”, afirmou a pesquisadora.

Durante a palestra, uma linha cronológica foi apresentada, começando em 1835, com as plantas produtoras de látex extraídas da Amazônia para a Malásia, até 2019, com novos produtos com indicação geográfica amazônica, selos de comprovação com o intuito de proteger a natureza das espécies, como a farinha do Vale do Juruá e o abacaxi do Novo Remanso.

Além disso, foram apresentados exemplos de potenciais consolidados de Bioecomia na região, como o caso da Borracha (Hevea brasiliensis), Guaraná de Maués (Paullinia cupana) e Pau-rosa (Aniba rosaeodora). Fabiana ressaltou a importância de engajamento dos estudantes como possíveis pesquisadores do assunto, focando em estudos sobre manejo e pesquisa, a fim de evitar a extração desenfreada e o risco de extinção das espécies.

SOBRE A PALESTRANTE

Fabiana é professora Visitante do Programa de Pós Graduação em Biotecnologia (PPG-BIOTEC/BIONORTE) da Universidade Federal do Amazonas, Doutora em Biotectologia Vegetal (UFRJ), 2012. Atuou como Coordenadora das RedesFito, Professora e orientadora da Pós-Graduação do Curso de “Gestão em Inovação de Fitomedicamentos”. Desenvolve projetos nas áreas de: prospecção biotecnológica, etnoecologia, sustentabilidade socioambiental e gestão nas áreas de Ciência, Tecnologia, Inovação & Saúde. 

Atualmente trabalha na área de Gestão da inovação de produtos de origem natural, ecologia e biotecnologia Vegetal da RedesFito Amazônia.

ILMD/ Fiocruz Amazônia, por Diovana Rodrigues
Fotos: Marlúcia Seixas