Fiocruz Amazônia promove oficina de criação de podcasts para divulgação de pesquisas

O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), promoveu entre os dias 2 e 9/9, a oficina OuvirCiência, destinada à criação de podcasts para divulgação de pesquisas. A capacitação é oferecida por meio dos projetos “CiênciaPop: Fiocruz Amazônia na SNCT 2024” e, “CiênciaPop ILMD/Fiocruz Amazônia: popularizando a ciência em saúde por meio de ferramentas digitais”, com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – Edital de Apoio às Unidades Técnico-Científicas e aos Escritórios Regionais da Fundação, e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Amazonas (Fapeam) – Edital N. 004/2023 – POP C,T&I.

Com aulas ministradas pelos jornalistas Cristiane Barbosa e Helder Mourão, a ação teve por objetivo o treinamento e socialização de ferramentas tecnológicas, para que bolsistas de Iniciação Científica, alunos de pós-graduação e pesquisadores interessados, possam promover divulgação científica, por meio da geração de podcasts, para divulgação nas mídias digitais.

“Essa iniciativa da Fiocruz Amazônia, que está em seu quarto ano consecutivo, é de extrema importância em épocas de desinformação e fakenews. Neste curso, os alunos aprendem técnicas de como falar com o púbico de uma maneira fácil e rápida, por meio do Podcast, que é uma ferramenta muito popular entre as pessoas, e que explodiu durante a pandemia. O resultado daqui, será apresentado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2024, que aborda a questão da saúde e do meio ambiente”, explica Cristiane Barbosa, professora do curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Dividida em duas etapas, a oficina foi composta por aulas presenciais, teóricas e práticas, bem como no formato online, onde através de aplicativos de mensagens, os alunos recebem assessoria dos professores para o desenvolvimento de atividades. Os produtos (trabalho final) da oficina, serão divulgados durante as atividades da Fiocruz Amazônia na Semana Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação, para alunos da rede pública de Manaus, e também disponibilizados por meio dos canais institucionais e de parceiros.

Para Helder Mourão, instrutor da oficina, a ação que já está em sua quarta edição, tem apresentado resultados positivos. “Nós gostamos muito do resultado dessa oficina de divulgação científica, tem sido um trabalho muito gratificante. O retorno que nós instrutores temos recebido é positivo. A Fiocruz está muito satisfeita com os resultados, os participantes da oficina também têm se agradado, e a gente tem mantido o contato com algumas pessoas, pela necessidade que a gente tem em estudar a divulgação científica, principalmente na área de saúde e meio ambiente, de explorar essas questões que são tão fundamentais, e que a Fiocruz Amazônia trabalha com maestria e tanta clareza”, explica.

Participante da oficina, Ronaldo Gomes Souza, professor da faculdade de psicologia da Universidade Federal do Amazonas (USAM), destacou a importância da atividade para a popularização da ciência. “Gostaria de parabenizar essa iniciativa, pois é uma oportunidade muito relevante para dominarmos e nos apropriar de diferentes tecnologias, métodos técnicos, para além de produzirmos somente para a academia. Com essa oficina, a gente tem a oportunidade de ampliar várias produções, deixando mais acessível para diferentes comunidades, mostrando que ciência não é um bicho de sete cabeças”, enfatiza.

Pesquisadora da Instituição, Fabiane Vinente, avalia a ação como necessária para estabelecer maior aproximação entre a sociedade e os estudos desenvolvidos nas instituições e centro de pesquisa. “O grande desafio de fazer ciência na Amazônia, é conseguir passar para a população o que a gente produz, o que a gente reflete, o que conseguimos construir. O uso dessas ferramentas como podcast, vídeos, redes sociais, são muito importantes para podermos transmitir essas coisas. Essa iniciativa é fundamental para termos melhor diálogo com a sociedade, para que as pessoas possam saber o que é fazer ciência”.

ILMD/Fiocruz Amazônia, Por Eduardo Gomes

Imagem: Júlio Pedrosa