Conselho Deliberativo aprova curso de mestrado para indígenas e alterações no Regulamento do Ensino do ILMD/Fiocruz Amazônia
O Conselho Deliberativo do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realizou, na manhã desta terça-feira, 24/01, a primeira reunião ordinária do ano, tendo aprovado, entre outros pontos, as propostas de criação de um Mestrado em Saúde Coletiva, fora da sede, para a formação de sanitaristas indígenas na região do Alto Solimões, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA), e alterações do Regulamento do Ensino, para adequação das regras às finalidades dos programas e cursos oferecidos pelo ILMD/Fiocruz Amazônia, no que tange à composição das bancas de qualificação e defesa de dissertação e teses. A reunião, que ocorreu de modo presencial, contou com transmissão on line e foi presidida pela diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken.
Por maioria de votos, os conselheiros aprovaram a proposta de criação da primeira turma fora da sede do PPGVIDA, destinada única e exclusivamente a indígenas da região de fronteira do Alto Solimões. A iniciativa, coordenada pela pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Luiza Garnelo, foi apresentada aos presentes, destacando que o objetivo principal é o de permitir a qualificação de indígenas graduados em diversas áreas do conhecimento para compreender o campo da saúde coletiva, com foco na região da tríplice fronteira amazônica.
“O Mestrado em Saúde e Condições de Vida funcionará como sala estendida pra qualificar profissionais indígenas para desenvolver ações de gestão, administração, monitoramento e avaliação de ações e serviços de saúde indígena, além de potencializar a produção de conhecimentos sobre agravos à saúde, incidentes entre os povos indígenas, mediante a confluência de epistemologias geradas pelo pensamento tradicional e os enfoques atuais da saúde coletiva”, defendeu Luiza Garnelo.
Coube à vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do ILMD/Fiocruz Amazônia, Rosana Parente, apresentar as propostas de alteração do Regulamento do Ensino, que atendem a recomendações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação. As propostas aprovadas estabelecem a obrigatoriedade de título de Doutor para todos que compõem bancas de qualificação e de defesa de dissertação e tese, e pelo menos um membro externo ao programa, pertencente a outra instituição de ensino e pesquisa.
Os conselheiros receberam informes também sobre os resultados da Avaliação de Desempenho Institucional 2022 e 2023, com alcance pleno das metas previstas, apresentadas pela Vice-Diretoria de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VGDI). Foram feitos informes também acerca do processo eleitoral para a Presidência da Fiocruz, que deverá ocorrer entre os dias 22 e 24 de março, e as novas orientações sobre o uso de máscaras, que deixa de ser obrigatório e passa a ser recomendável, nas dependências do ILMD. Ambos os informes feitos pela diretora Adele Benzaken.