Fiocruz Amazônia atinge 10 mil genomas depositados do SARS-CoV-2

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) atingiu a marca de 10 mil genomas do vírus SARS-CoV-2 sequenciados no Amazonas e depositados no GISAD (iniciativa internacional de acesso aberto de informações sobre genomas dos vírus influenza e coronavírus, recomendada pela OMS). A Fiocruz Amazônia integra a Rede Genômica da Fiocruz e é responsável pela caracterização de mais de 90% dos genomas do vírus causador da COVID-19 de casos provenientes do Amazonas, e mais da metade de todos os genomas da Região Norte do País.

O trabalho de vigilância genômica do SARS-CoV-2 é realizado desde o início da pandemia, em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto, quando o primeiro caso da doença foi confirmado no Amazonas, em março de 2020. Para o virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados da Fiocruz Amazônia, atingir esse número é motivo de orgulho para a Rede Genômica da Fiocruz.

“Atingir 10 mil genomas do SARS-CoV-2 depositados no banco de dados do GISAID é o resultado do trabalho árduo que foi feito nos últimos anos. Fizemos um esforço muito grande e graças ao comprometimento da equipe e aos recursos recebidos de diferentes fontes, governamentais e da iniciativa privada, conseguimos atingir esse número, sempre com o apoio da presidente da Fiocruz, Dra. Nísia Trindade, futura ministra da Saúde”, afirmou Naveca.

O virologista destaca que a Rede Genômica Fiocruz, como um todo, contribuiu com 33% dos genomas do SARS-CoV-2 sequenciados no Brasil, o que configura uma importante atuação não só em termos de números absolutos como também pela diversidade de obter informações genômicas de todos os estados brasileiros, “o que demonstra a grandeza da atuação da Fiocruz no cenário nacional”, enfatizou. Naveca lembra também do apoio fundamental da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (FAPEAM), através da Rede Genômica de Vigilância em Saúde do Amazonas, e da Fiocruz através da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz e da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, nas pessoas dos doutores Rodrigo Correa e Rivaldo Venâncio, e do ex-diretor Sérgio Luz e a atual diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken, para o atingimento do número de sequenciamentos.

REDE GENÔMICA FIOCRUZ

A Rede Genômica Fiocruz é formada por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz que lideram um esforço nacional de pesquisa que busca decodificar o genoma do SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e acompanhar suas mutações genéticas e linhagens. Por meio da Rede Genômica, especialistas de todas as unidades da Fundação no país e de institutos parceiros se empenham diariamente em gerar dados mais robustos sobre evolução do vírus de forma a contribuir para um melhor preparo do país no enfrentamento da pandemia em termos de diagnóstico mais precisos e vacinas eficazes