Movimento Mulheres e Meninas na Ciência da Fapeam apresenta trabalho e trajetória de pesquisadora da Fiocruz Amazônia

Na última segunda-feira (02/03) a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), promoveu a segunda atividade proposta para a celebração do movimento Mulheres e Meninas na Ciência, cujo objetivo é estimular o acesso integral e igualitário de mulheres e meninas na ciência.

A atividade foi realizada desta vez para as alunas dos cursos técnicos das áreas de Edificações, Estética, Podologia, Massoterapia, dentre outros, do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), unidade Escola de Educação Profissional Padre Estélio Dálison, no bairro São Jorge, zona Oeste de Manaus.

O evento contou com a participação da pesquisadora do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Ani Beatriz Jackish Matsuura, que abordou  pesquisas coordenadas por ela na temática de diversidade microbiana (fungos).  A pesquisadora atua na área de Microbiologia, principalmente nos seguintes temas: micologia médica, taxonomia, ecologia de fungos e produção de biossurfactantes.

Na oportunidade a pesquisadora também relatou parte de sua trajetória no campo científico, inspirando assim outras mulheres. “Falar sobre este assunto é muito importante e quanto mais estiver inserido no centro de debates mais estará despertando o interesse e trabalhando a questão do igualitário. Fiquei muito feliz hoje quando uma das participantes comentou que agora iria pensar diferente. Eu acho que esse é o ponto que precisamos despertar: o questionamento, para sempre querer conhecer mais”, acrescentou a pesquisadora.

Para a estudante do curso técnico em Estética, Priscila Alves, o incentivo é fundamental para estimular e incentivar as mulheres na busca do conhecimento. “Podemos ver que nosso espaço está ampliando em diversas áreas, mas precisamos ser inclusas também nessa área da ciência. A tecnologia está cada dia mais avançada, um mercado onde vemos mais homens do que mulheres. Iniciativas como essa da Fapeam faz com o que a gente comece a ver o mundo de outra forma, e poder ver histórias de mulheres que lutaram pelo seu espaço, levando essas informações a outras mulheres é uma experiência muito boa”, disse.

MOVIMENTO MULHERES E MENINAS NA CIÊNCIA

Comemorado em 11 de fevereiro o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela ONU Mulheres.  Segundo a Unesco, apenas 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres.

Em função disso, a Fapeam está promovendo diversas ações em referência a data. O movimento é um lembrete de que as mulheres e as meninas desempenham papel fundamental na ciência e que sua participação deve ser fortalecida.

A terceira e última atividade será realizada no dia 6 de março, das 9h às 10h, com estudantes do Colégio Militar da Polícia Militar do Amazonas V Tenente Coronel Cândido José Mariano, no Auditório Vânia Pimentel da Universidade Nilton Lins, bairro Flores, com uma roda de conversa com a doutora e pesquisadora do Inpa, Elizabeth Gusmão, que atua principalmente nos seguintes temas: sistemas de produção de peixe, estresse fisiológico, nutrição, fármacos para fins terapêuticos das espécies: tambaqui (Colossoma macropomum), pirarucu (Arapaima gigas) e matrinxã (Brycon amazonicus).

Desta atividade também participará Heliana Belchior, que iniciou como bolsista do Programa Ciência na Escola (PCE), passou pelo Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic), e atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biologia da Interação Patógeno-Hospeideiro do ILMD/Fiocruz Amazônia.

Por Jessie Silva / Fapeam
Fotos: Érico Xavier / Fapeam