Inovação em saúde para a sociedade

Ano de 2030. Fazer uma pilha de exames para saber qual o diagnóstico será coisa do passado, já que uma “simples” análise personalizada de DNA* vai se tornar uma etapa padrão antes da indicação de remédios ou de tratamentos.

Assim, o processo de ir a uma consulta, receber um pedido de exame, realizar o procedimento e retornar depois de um mês, deve sumir aos poucos. Com o avanço tecnológico e da inteligência artificial, tudo será em tempo real com a ajuda de dispositivos digitais (num toque do seu celular, porque não?) e por robôs. E tem mais: médicos e profissionais da saúde irão migrar mais para a interface emocional e assumirão um papel cada vez mais interpessoal.

O cenário acima descrito parece filme de ficção científica, mas o uso da inovação e de tecnologias está cada vez mais ao alcance das pessoas. A chamada Saúde Digital ou Saúde 4.0 já é uma realidade e acompanha a mesma visão da Indústria 4.0, que é o nome usado para marcar a 4ª Revolução Industrial que está por vir.

Como exemplo, há um bisturi inteligente chamado iKnife, que pode ajudar cirurgiões a identificar o tecido canceroso, enquanto eles operam, de forma mais precisa, pois a fumaça que emerge do tecido é coletada e enviada para um espectrômetro, que faz a análise química. A partir da composição da fumaça, o aparelho pode deduzir, em questão de segundos, se o tecido era canceroso ou saudável.

Voltando para os dias atuais, na Fiocruz, a inovação já é questão estratégica para o avanço da qualidade da saúde no País. Nesse sentido, levar a pesquisa científica para as prateleiras e atingir a sociedade, beneficiando-a diretamente, é um dos propósitos a fim de devolver os benefícios para a população, no entanto, nesse percurso ainda há alguns entraves.

O pesquisador André Mariúba,coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Leônidas & Maria Deane (NIT – ILMD/Fiocruz Amazônia), explica que quando foi iniciado o trabalho de inovação na unidade em Manaus, em 2014, atuávamos com busca ativa junto os pesquisadores e havia uma grande aversão à ideia de proteger invenções, em tomar as precauções e aceitar o tempo necessário para análise e depósito de uma patente, por exemplo.

A prática majoritária era a publicação dos artigos. “Por vezes ouvimos que isto era “coisa de americano” ou que “esse tipo de coisa não funciona no Brasil”. Sempre acreditamos que esse tipo de pensamento se dava pela falta de exemplos de sucesso em nosso meio.

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Fiocruz Amazônia Revista, por Cristiane Barbosa 
Foto: Eduardo Gomes