Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente recebe professores e alunos para a semana de premiação

Começa na segunda-feira, 26/11, a Semana de Premiação da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma). O evento reunirá no Rio de Janeiro, professores e estudantes representantes de escolas de todas as regiões do país, cujos trabalhos foram selecionados como destaques regionais e os três trabalhos que vão receber o Prêmio Obsma Ano Oswaldo Cruz.

A Obsma é um projeto educativo bienal promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o país. O projeto tem como principais objetivos reconhecer o trabalho desenvolvido por professores e alunos nas escolas e a cooperação com a divulgação de ações governamentais criadas em prol da educação, da saúde e do meio ambiente.

Durante a semana de premiação professores e estudantes vão participar de uma vasta programação que incluem visitas guiadas a museus e outros espaços culturais além da visita ao Castelo Mourisco, sede da Fiocruz. A Cerimônia de Premiação Nacional, aberta ao público, vai acontecer dia 28 de novembro no campus Manguinhos.

A 9ª edição da Obsma obteve números recordes: entre 2017 e 2018, foram 1.228 trabalhos inscritos representando todos os estados brasileiros, contando com o envolvimento de 4.270 professores e 67.179 estudantes do ensino fundamental e médio. Nos últimos dois anos, a equipe do projeto também percorreu o país oferecendo 20 Oficinas Pedagógicas a professores de 13 estados com foco nas modalidades Projeto de Ciências, Produção de Texto e Produção Audiovisual. Professores e alunos foram estimulados a abordar de forma crítica e criativa temas da Agenda 2030, de acordo com os  17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável preconizados pelas Nações Unidas.

Selecionado na modalidade Projeto de Ciências e coordenado pelo professor de Filosofia Paulo Roberto de Sousa, o trabalho “Kenosi Road” foi desenvolvido por 10 alunos da Escola Estadual Padre José Schneider, na cidade de Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas. “Trata-se de um game que traz informações importantes sobre o lixo e sua reciclagem. Kenosi significa lixo na linguagem Ianomami, e road, estrada em inglês. Resolvemos utilizar uma terminologia local e uma língua universal para formar ‘caminho do lixo’”, explica o professor. Segundo ele, a notícia de que o trabalho havia sido selecionado pela Olimpíada pegou todos de surpresa. “Sabíamos que o trabalho poderia se destacar, mas não imaginávamos que seria selecionado. É muito gratificante esse reconhecimento, já que é um trabalho multidisciplinar, que envolve tecnologia, realizado em uma escola que fica a três dias de barco da capital Manaus”, reforça Paulo.

Uma ‘batalha de rap’ promovida pelos alunos do Colégio Estadual Dorival Passos, de Salvador, na Bahia, abordou o tema das infecções sexualmente transmissíveis e o trabalho foi selecionado na categoria Produção Audiovisual. Com o título Seja vencedor nessa batalha!, o grupo mobilizou toda a escola, que ostentou uma faixa parabenizando a equipe representante. “É a primeira vez que participamos e o resultado é muito importante para os alunos e para a escola. Nossa ideia era trazer a linguagem do rap, uma linguagem jovem, para reforçar a prevenção ao HIV, por exemplo, que vem registrando aumento de casos entre os adolescentes. A gravação foi toda feita com o celular e os próprios alunos editaram utilizando softwares livres”, relata a professora Luzânia Fonseca Imperial, que viaja para o Rio de Janeiro com o aluno do 3º ano do Ensino Médio Paulo César, de 17 anos.

O trabalho “Poluição e camada de ozônio”, do Colégio Militar de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, foi selecionado também na categoria Produção Audiovisual. A professora que coordenou o desenvolvimento do projeto, Adriane Schio Silva, conta que decidiu participar da 9ª Obsma quando percebeu que já trabalhava a temática da iniciativa em sala de aula. “Estávamos discutindo assuntos como poluição, camada de ozônio, efeito estufa e aquecimento global no 6º ano, permeando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que também estavam sendo trabalhados com o 9º ano, na Iniciação Científica. Sugeri a participação na Olimpíada e todos ficaram muito empolgados”, diz Adriane. No Colégio, grupos realizaram tanto produções audiovisuais como textuais para serem inscritas na Olimpíada: “De duas turmas de 6º ano, selecionei cinco trabalhos em que 19 alunos estiveram envolvidos. A reação deles ao saber que um dos trabalhos foi selecionado foi de uma felicidade estonteante! Foi incrível ver aqueles rostinhos risonhos me perguntando: ‘— Professora, a senhora viu? Nós ganhamos! É verdade, mesmo?’ Foi muito gratificante, fiquei muito feliz!”, comemora a professora.

Para a coordenadora nacional da Obsma Cristina Araripe, os objetivos da 9ª edição foram plenamente alcançados. “Estamos felizes neste encerramento pois conseguimos estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares em escolas públicas e privadas de todo o país, reconhecer o trabalho desenvolvido por professores e alunos e fortalecer a cooperação com a divulgação de ações governamentais criadas em prol da educação, da saúde e do meio ambiente”, avalia.

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 Com informações da assessoria de comunicação Obsma