Fiocruz Amazônia promove roda de conversa entre jovens comunicadoras indígenas do Amazonas e alunas da rede municipal de Belo Horizonte (MG)

O Projeto Meninas e Mulheres na Ciência: Resgatando o Passado para Inspirar o Futuro, da Fiocruz Amazônia, promoveu um encontro remoto entre jovens comunicadoras da Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas (Makira E’ta) e alunas da rede pública municipal de ensino de Belo Horizonte (MG). As rodas de conversa são iniciativas que integram o Programa Mulheres e Meninas na Ciência, da Fiocruz, cujo objetivo é estimular o interesse de mais meninas e mulheres pela carreira profissional de cientista, por meio de diálogos interculturais, permitindo a troca de experiências entre jovens, num bate-papo descontraído e cheio de curiosidades. No caso das integrantes do Makira E’ta, as estudantes Ketlen Santos, da etnia Mura, e Rara Tsenepukan, kokama, foram feitas várias perguntas em torno dos hábitos indígenas.

A vice-diretora de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, explica que as rodas de conversas deverão acontecer ao longo do ano, como parte da programação do Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro. A data foi instituída em 2015, durante Assembleia das Nações Unidas, e passou a integrar o calendário de eventos da Fiocruz em 2019. O objetivo é dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica, comprometida com a promoção da equidade de gênero na Ciência, em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Agenda 2030.

Ketlen Santos, 22, contou que ainda não decidiu sobre que carreira profissional irá seguir. Para ela, a roda de conversa foi, sobretudo, uma oportunidade de troca de conhecimentos. “Foi muito legal porque conhecemos jovens, mesmo que de forma virtual, interessados em conhecer nossa cultura e saber como vivemos. Naquele dia, foi muito especial porque as perguntas delas foram muito extrovertidas e interessantes de responder. Só tenho a agradecer à Fiocruz pela oportunidade”, afirmou a estudante, que está se preparando para cursar uma faculdade.

MAKIRA E’TA

A Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas – Makira E’ta foi fundada em 29 de julho de 2017, com o objetivo de representar, em nível estadual, diversas organizações, movimentos e associações de mulheres indígenas. A Rede atua na luta pelos direitos indígenas e o protagonismo da mulher indígena em temáticas como economia sustentável, políticas públicas, fortalecimento cultural, assuntos geracionais (crianças, adolescentes, jovens e anciãos), meio ambiente e soberania alimentar. O encontro foi mediado pela pesquisadora da Fiocruz Amazônia Fabiane Vinente.