Pesquisadora da Fiocruz Amazônia é selecionada para participar do The Future Of One Health

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) foi uma das instituições selecionadas a participar do evento mundial The Future of One Health, workshop virtual realizado nesta quinta-feira, 16/6, reunindo especialistas de todo o Mundo, com a finalidade de promover a discussão acerca do conceito de Saúde Única (One Health) e sua capacidade de proporcionar melhores monitoramento e respostas às epidemias. A pesquisadora Alessandra Nava, da Fiocruz Amazônia, foi uma das 40 especialistas selecionadas a integrar o movimento. Alessandra é Doutora em “Epidemiologia experimental e Aplicada à Zoonoses”, pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), e desenvolve estudos nas áreas de ecologia de doenças infecto contagiosas, doenças emergentes, saúde pública, medicina da conservação, epidemiologia, biologia da conservação e enfermidades infecciosas.

A linha de pesquisa de Alessandra Nava é voltada ao one health (saúde única), oi seja, ao entendimento de que a doença dos animais e dos humanos está associada. O projeto desenvolvido pela pesquisadora conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) – é realizado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam); o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Projeto Sauim-de-Coleira, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra); e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O projeto realiza o monitoramento de animais silvestres, como morcegos, primatas e roedores, e o novo coronavírus, com o entendimento de que a doença dos animais e dos humanos está associada.

O termo Saúde Única foi instituído em 2008 por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e da Organização das Nações Unidas para alimentação e agricultura (FAO) com o objetivo de realizar um trabalho integrado destes três pilares. Conceitualmente, Saúde Única reconhece que a chave para a saúde humana está no equilíbrio dos ecossistemas e na conservação da biodiversidade, e entende que prevenir o surgimento de zoonoses passa necessariamente por propor soluções que tenham em vista o bem-estar humano, animal e do planeta.