Manaus vai sediar 3º Encontro Luso-Brasileiro de História da Medicina Tropical e 23º Congresso Brasileiro de História da Medicina

Entre os dias 5 e 9/11, Manaus vai sediar o 3º Encontro Luso-Brasileiro de História da Medicina Tropical e o 23º Congresso Brasileiro de História da Medicina (CBHM). Com o tema “Medicina e ambiente: articulações e desafios no passado, presente e futuro”, o evento reunirá pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais da área da saúde e interessados no tema.

Realizada pela primeira vez no Amazonas, a atividade acontecerá na Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA), no bairro Cachoeirinha, Manaus. Os eventos têm o objetivo de discutir a história de doenças – em particular as chamadas “tropicais” ou “negligenciadas” – e a história das instituições e políticas de saúde do ponto de vista de seus determinantes socioambientais.

“Praticamente todas as questões que hoje são grande desafios para a saúde pública brasileira vão ser debatidas por uma perspectiva sociohistórica”, destacou o pesquisador, Jaime Larry Benchimol, um dos presidentes do encontro.

Seus quatro eixos de reflexão são a produção e circulação de conhecimento e práticas médicas visando o controle, prevenção e tratamento em contextos nacionais, coloniais e pós-coloniais; redes transnacionais e transimperiais de circulação de atores, saberes, protocolos, espécimes e patógenos; intervenções sobre o ambiente e seus efeitos sobre o contato entre populações, parasitos e vetores; posicionamentos bioéticas sobre medicina e ambiente, nos domínios da saúde pública e do desenvolvimento científico, tecnológico e médico.

Conferências, plenárias, comunicações coordenadas e entrega de medalhas estão previstas na programação. Antropoceno e saúde: sobre a irreversível destruição dos modos de viver; Hanseníase na Amazônia: história recente e perspectivas; Resistência cultural e práticas de saúde dos imigrantes haitianos e sua interface com o sistema de saúde público em Manaus-AM; O Aedes aegypti na historiografia: reflexões, controvérsias e perspectivas; Malária e plano de saneamento da Amazônia (1940-1942), serão alguns dos temas apresentados e debatidos durante o congresso.

Confira AQUI a programação.

FIOCRUZ AMAZÔNIA

No dia 5, às 16h10, Maria Luiza Garnelo Pereira, pesquisadora da Fiocruz Amazônia, e Priscilla Cabral Correia, mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA/ILDM) apresentarão o trabalho “Intercessões e práxis entre Atenção Primária de Saúde e parteiras em comunidade no Rio Negro, Amazonas”.

As inscrições para apresentação de trabalhos ocorreram até o dia 1 de outubro. Alunos de pós-graduação e graduação que queiram participar do evento como ouvintes não pagam, mas devem fazer sua inscrição caso queiram receber certificado de participação.

REALIZAÇÂO

O 23º Congresso Brasileiro de História da Medicina Tropical será presidido por João Bosco Botelho, da Universidade do Estado do Amazonas e terá como vice-presidente Luiz Ayrton Santos Junior, da Universidade Federal e Universidade Estadual do Piauí. O 3º Encontro Luso-Brasileiro de História da Medicina Tropical terá como presidentes Jaime Larry Benchimol, da Casa de Oswaldo Cruz (COC) e Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) da Fiocruz, e Isabel Amaral, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O Encontro é uma realização do Centro Interuniversitário de História da Ciência e Tecnologia (CIUHCT), o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Centre for Global Health Histories (CGHH), da Universidade de Nova York,  Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT), Universidade Nilton Lins, Sociedade Brasileira de História da Medicina, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA).

ILMD/Fiocruz Amazônia, por Eduardo Gomes
Fotos: Eduardo Gomes