Inscrições para a segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz terminam em 19 de setembro
Pós-graduação é gratuita e voltada para profissionais e gestores que atuam na área de vigilância em saúde em regiões de fronteiras do Brasil com os demais países da América do Sul
Profissionais brasileiros e estrangeiros que atuam na área de vigilância em saúde em regiões de fronteira têm até o dia 19 de setembro para se inscrever no processo seletivo da segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A iniciativa oferece 75 vagas gratuitas em cursos de mestrado e doutorado acadêmico e profissional, com início previsto para janeiro de 2026.
O programa é voltado para trabalhadores da saúde que atuam na gestão, assistência e avaliação de serviços de vigilância em saúde, com ênfase no enfrentamento de doenças transmissíveis. Além das fronteiras brasileiras, o processo seletivo está aberto também a candidatos de países vizinhos, como Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela e a Guiana Francesa.
Nesta segunda oferta, o Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz apresenta três grandes novidades. As vagas para ações afirmativas foram ampliadas: 55% das vagas estão reservadas a pessoas negras, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e pessoas trans (travestis e transexuais). Além de Manaus (AM), Tabatinga (AM) e Campo Grande (MS), os encontros presenciais também acontecerão em novos polos presenciais: Porto Velho (RO), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Por último, mais programas de pós-graduação envolvidos: novos cursos da Fiocruz passam a integrar o consórcio, ampliando linhas de pesquisa e o número de docentes engajados.

Para a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, a qualificação proporcionada pelo VigiFronteiras-Brasil é essencial para aprimorar a resposta do sistema de saúde em territórios estratégicos. “Gestores e profissionais atualizados conseguem planejar e executar uma vigilância mais sensível e responder rapidamente a situações de ameaça à saúde. Por isso, investimos na constante preparação dos nossos gestores e profissionais”, destaca.
O representante da Opas/OMS no Brasil, Cristian Morales, também ressalta o papel da iniciativa como referência internacional. “A vigilância em saúde nas fronteiras é um campo essencial para a segurança sanitária das populações e para a solidariedade entre os países. O Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz representa um avanço significativo ao reunir saberes, experiências e compromissos dos profissionais que atuam nesses territórios estratégicos”, afirma.
Para Eduarda Cesse, coordenadora geral do Programa e vice-presidente adjunta de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, o programa também colabora para a formação e fortalecimento de redes de cooperação entre países da América Latina. “Ao longo do curso, os participantes recebem uma formação multidisciplinar que os capacita a lidar com os desafios complexos da vigilância em saúde em regiões fronteiriças, como em casos de emergências de saúde pública de interesse nacional e internacional, articulando pesquisa, prática e políticas públicas, já que a maioria deve preferencialmente estar atuando nos serviços”, explica.
COMO PARTICIPAR
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pelo site Acesso Fiocruz (https://acesso.fiocruz.br). Os editais estão disponíveis em www.campusvirtual.fiocruz.br e formacaovigisaude.fiocruz.br, com informações completas sobre requisitos, etapas da seleção (prova de inglês, análise curricular/documental e entrevista on-line), critérios para reserva de vagas e cronograma.
As aulas serão realizadas em formato híbrido, combinando encontros presenciais obrigatórios nos polos definidos e atividades on-line síncronas. O mestrado terá duração de 12 a 24 meses, e o doutorado, de 24 a 48 meses.
O programa formou, em sua primeira turma, 32 mestres que já concluíram suas dissertações em temas estratégicos para a saúde nas fronteiras, e mantém em andamento a primeira turma de doutorado, com conclusão prevista para o fim de 2025. Aproximadamente 92% dos alunos estão vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa nova oferta, a expectativa é fortalecer ainda mais as ações de vigilância em saúde e preparar profissionais para atuar em situações de risco sanitário em escala nacional e internacional.
Informações e dúvidas sobre os editais e o processo seletivo serão fornecidas apenas por e-mail (selecao.vigifronteiras@fiocruz.br). Outras informações sobre programa no site formacaovigisaude.fiocruz.br e no seu perfil nas mídias sociais @formacaovigisaudefiocruz.
ILMD/Fiocruz Amazônia, por Bruna Cruz / Ascom Programa Vigifronteiras Brasil-Fiocruz
Foto: Divulgação / Ascom Programa Vigifronteiras Brasil-Fiocruz