Fiocruz Amazônia contribui para construção de plano de apoio institucional da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do MS para o Estado do Amazonas

O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) será uma das instituições de ensino e pesquisa a contribuir com a construção do Plano de Apoio Institucional da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), do Ministério da Saúde, para o Amazonas. O apoio institucional da SAPS é desenvolvido a partir do Projeto Fortalecimento e Integração das Políticas de Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil: Práticas Interfederativas e Articulação Regional, de autoria da Fiocruz Brasília, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da SAPS. O Apoiador Institucional da SAPS para o Estado do Amazonas, Antônio Amâncio Neto, esteve reunido, nesta terça-feira, 18/02, na sede do ILMD/Fiocruz Amazônia, com a diretora Stefanie Lopes, a vice-diretora de Pesquisa e Inovação, Michele Rocha El Kadri, e o pesquisador em Saúde Pública Fernando Herkrath, chefe do Laboratório de Situação de Saúde e Gestão do Cuidado de Populações Indígenas e outros grupos vulneráveis (SAGESPI).

“Estamos iniciando as tratativas em torno da construção de um plano de apoio institucional para o Amazonas com o olhar da academia, da gestão em saúde e dos serviços envolvendo os atores reginais que promovem o SUS no Amazonas. É imperativo a contribuição das instituições de ensino e pesquisa na Amazônia, uma vez que estas geram conhecimento e fomentam a tomada de decisões para a gestão em saúde baseada em evidências científicas, a partir das intervenções dos projetos de pesquisa desenvolvidos na região”, explica Antônio Amâncio. Nesse sentido, segundo ele, a contribuição da Fiocruz Amazônia será de extrema relevância, uma vez que se inserem na confecção deste plano de apoio questões como especificidades locorregionais, o modo de vida social da população, potencialidades e desafios que o Estado apresenta.

Michele El Kadri destaca a relevância da iniciativa no sentido de aproximar o Ministério da Saúde da realidade dos territórios. “Por vezes quem está na assistência é absolvido pelas demandas urgentes dos serviços. Quem está no Ministério tem visão distante das demandas locais. Trazer a academia para essa discussão é muito estratégico como agente que subsidia com evidências a partir pesquisa para tornar ações mais eficientes para políticas públicas. Além disso, a Fiocruz Amazônia também tem papel importante na qualificação de profissionais especificamente para realidade da Amazônia”, ressaltou.

Recentemente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, veio a Manaus para assinar portaria das equipes de saúde da família ribeirinha (ESFR) e participar da oficina nacional dessas equipes. A portaria amplia o financiamento, garante melhores condições de trabalho e atendimento às comunidades ribeirinhas, além de possibilitar contratação de mais profissionais, custeio de veículos terrestres e aquáticos que facilitem o deslocamento nas comunidades, implantação de novas equipes e qualificação do trabalho realizado junto à população.

“A edição da portaria materializa no território os princípios do SUS, como universalidade e equidade. Portanto, para além do aporte financeiro, o Ministério da Saúde traz o olhar necessário para o fortalecimento do vínculo, do acompanhamento e da qualidade dos serviços ofertados , e é justamente esta a premissa da gestão da ministra Nísia Trindade”, observa Amâncio.

ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa

Fotos: Júlio Pedrosa