Exposições científicas e circuito ambiental marcam encerramento das atividades da Fiocruz Amazônia na SNCT
Exposições científicas, mostra de vídeos, jogos e rodas de conversa marcaram o encerramento das atividades do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/ Fiocruz Amazônia), referentes à 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2024). O ciclo de atividade promovidas pela instituição foi realizado em parceria com a coordenação do Programa Ocas do Conhecimento Ambiental, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), no Espaço da Cidadania Ambiental (ECAM), localizado no mezanino do Manauara Shopping, zona centro-sul de Manaus.
Durante a visitação, alunos da rede municipal de ensino tiveram a oportunidade de conhecer estudos e projetos desenvolvidos pela Fiocruz Amazônia em diversas áreas do campo científico, bem como fazer uma visita guiada pelo Espaço da Cidadania Ambiental, a horta do Manauara Shopping e, o ‘Deck Buritizal’, um fragmento de floresta viva, mantida pelo Shooping, destacando o comprometimento com as práticas ambientais. Através do “circuito ambiental” os estudantes conheceram ainda todo o processo de coleta seletiva, compostagem e reciclagem de resíduos descartados diariamente no shopping.
Segundo a assessora em gestão da Vice-Diretoria de Pesquisa e Inovação (VDPI – ILMD / Fiocruz Amazônia), Priscila Santana, o objetivo da atividade é aproximar os estudos científicos ao público, popularizando as pesquisas realizadas na Instituição. “A ideia da Fiocruz Amazônia é popularizar a ciência, mostrar para as crianças, para a popularização e todos aqueles que estão participando, a importância da ciência para a sociedade, as múltiplas facetas de como fazer ciência”, pontua.
No espaço ECAM, os alunos e visitantes puderam conferir uma exposição de podcast e vídeos gerados nas oficinas OuvirCiência e DigiCiência, realizada como parte da programação da SNCT, abordando os temas: Crise climática e o impacto do meio Ambiente na saúde pública; Intersecção entre saúde e meio ambiente; Atenção e cuidado às populações atravessadas pela migração; Crise Climática e o trabalho no SUS; A pesquisa em saúde nas populações ribeirinhas; Estiagem e os fenômenos ambientais extremos.
Para Warlisson Barbosa, professor da Escola Municipal Santa Rosa II, a atividade representa uma oportunidade ímpar na vida dos estudantes. “Como professor eu enxergo essa oportunidade como algo necessário para a vida dos nossos alunos, pois quando estamos em sala de aula vemos as nossas condições como professor, muito limita as vezes a esse ambiente. Quando a gente traz os alunos, para fora da sala, para que eles possam adquirir conhecimento, conhecerem novos espaço, entendendo realidades como a nossa, onde existem muitos alunos que não possuem acesso, acaba sendo uma oportunidade que agrega na vida desses estudantes”, destaca.
Através dos vídeos de popularização, os visitante puderam conhecer o trabalho realizado pelos laboratórios: Diagnóstico e Controle e Doenças Infecciosas da Amazônia (DCDIA); Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS); Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA); Laboratório Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema (LAB-IPCCB); Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA); Laboratório de Situação de Saúde e Gestão do Cuidado de Populações Indígenas e outros grupos vulneráveis (SAGESPI); Laboratório de Modelagem em Estatística, Geoprocessamento e Epidemiologia (LEGEPI), destacando a contribuição de seus trabalhos enquanto ciência para a sociedade.
Indígena da etnia Baré, Theo Gomes da Costa, aluno da Escola Municipal Santa Rosa II, mostrou-se entusiasmados com as explicações sobre as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), plantas que muitas vezes passam despercebidas, mas que oferecem uma incrível variedade de sabores, texturas e benefícios nutricionais. “Como eu moro na zona rural, eu tenho costumes da natureza. Eu tenho uma horta em casa e, pensei que algumas plantas eram comestíveis, mas não eram. Então, eu gostei muito de ouvir as explicações sobre a horta”, destaca.
EXPOSIÇÕES CIENTÍFICAS
Visando sensibilizar os estudantes e aproximar a ciência feita nos institutos de pesquisa ao público, pesquisadores, pós-graduandos, bolsistas e estudantes de iniciação científica da Instituição, estiveram presentes nos stands de exposição para apresentar na prática trabalhos como: “Metamorfose dos insetos”, “LAHPSA e Pesquisa Participativa: Integrações entre saberes Amazônicos pelos diversos Biomas”, “Aventura Molecular”, “Disseminando o conhecimento através da IA”.
Monica Dantas, gestora do Espaço ECAM, agradeceu a parceria e colaboração da Fiocruz Amazônia, em mais uma edição do evento. “Agradecemos a Fiocruz, que é parceira e colaboradora, que já expôs aqui, e sempre traz novidades e, que está presente nessa semana importante, super visitada por nossas escolas da rede. O ECAM é um espaço de cidadania ambiental. É um prazer receber essa exposição tão linda, falando dos biomas, dos insetos, de tudo que está relacionado a ciência”, avalia.
Na ocasião, os visitantes puderam conhecer de perto, trabalhos voltados para diagnósticos molecular, estudos entomológicos, microbiologia, utilização de Inteligência Artificial para o aprimoramento do diagnóstico da malária, bem como os estudos realizados pela Fiocruz Amazônia, em prol da saúde de populações vulnerabilizadas, comunidades ribeirinhas e povos indígenas, reforçando o comprometimento do Instituto em contribuir com a melhoria das condições de vida e saúde das populações amazônicas e, para o desenvolvimento científico e tecnológico regional, integrando a pesquisa, a educação e ações de saúde pública.
21ª SNCT
O ILMD/Fiocruz Amazônia, realizou nesta edição, atividades nas cidades de Manaus, Presidente Figueiredo e Tabatinga. A ação reuniu equipes dos laboratórios da unidade, sob a coordenação da Vice-Diretoria de Pesquisa e Inovação (VDPI), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, edital 003/2024.
A SNCT é promovida anualmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O tema da 21ª edição do evento é “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, visando promover o debate sobre a importância da ciência e da tecnologia para a preservação dos biomas brasileiros. A escolha do tema, realizada pelo MCTI, reflete a preocupação global com questões ambientais e a necessidade de desenvolver soluções sustentáveis.
A mobilização tem como objetivo aproximar a população da ciência e da tecnologia, promovendo eventos de divulgação científica em todo o país. No Amazonas, a Fiocruz Amazônia busca sempre ampliar o alcance das suas atividades, junto às escolas da rede pública e parceiros na capital e interior.