Pesquisadores da Fiocruz Amazônia participam de elaboração de plano para enfrentamento da dengue 2024/2025
Os pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Sérgio Luz e Joaquin Carvajal, do Núcleo de Patógenos, Reservatórios e Vetores na Amazônia (PReV Amazônia), do Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA), estiveram em Brasília (DF), nos dias 15 e 16 de maio, para participar de uma oficina para a elaboração do plano de enfrentamento da dengue e outras arboviroses para o período epidêmico 2024/2025. A ação, promovida pelo Ministério da Saúde, visa discutir a preparação e respostas para a próxima sazonalidade dessas doenças.
Os resultados obtidos a partir destes debates irão compor um plano que vai contemplar informações sobre vigilância em saúde, manejo clínico, organização dos serviços, controle vetorial, lacunas de conhecimento para financiamento de pesquisas, comunicação e mobilização social, com propostas de ações a serem implementadas a curto, médio e longo prazo.
O encontro conta com a participação de especialistas em arboviroses, incluindo gestores, pesquisadores e técnicos estaduais e municipais, bem como representantes do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Um ponto de discussão e apontado como prioridade pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi a incorporação de novas tecnologias, como a vacina contra dengue e o desenvolvimento de vacinas para outras arboviroses. “A vacina é um instrumento em que acreditamos muito. Das tecnologias disponíveis, tem sido a mais resolutiva”, enfatizou a ministra.
Durante o evento, foram traçadas diretrizes para construção de um amplo plano de enfrentamento às arboviroses. “Na oficina que participamos, debatemos sobre o que o ministério da saúde deveria incorporar, foi uma espécie de consulta, onde sugerimos os direcionamentos para o monitoramento da suscetibilidade das populações de Ae. aegypti aos inseticidas pré-qualificados, a implementação das novas diretrizes nacionais para Controle de Arboviroses, e os desafios e perspectivas desde um olhar de Uma Só Saúde, para o controle dessas arboviroses no cenário de mudanças climáticas mais frequentes e intensas no país”, explica Joaquin Carvajal.
A construção das diretrizes foi coletiva, com participação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), da Câmara dos Deputados e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e os pesquisadores idealizadores das novas tecnologias a serem incorporadas.
Outro destaque na oficina foi a apresentação pelo MS de uma estrutura para um sistema de vigilância entomo-virológica para o país. “Como conselho consultivo, junto com outros colegas de outras instituições, discutimos diversos aspectos técnicos e operacionais, para auxiliar na orientação da operacionalização e implementação do sistema”, destacou Sérgio Luz.
ILMD/Fiocruz Amazônia, Por Eduardo Gomes
Fotos: Arquivo / Divulgação