Fiocruz Amazônia recebe evento sobre Política de Equidade, Inclusão e Ações Afirmativas

Representantes da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa), da Presidência da Fiocruz, estiveram na manhã desta quarta-feira, 21/02, na sede do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), em Manaus, para uma roda de conversa com os colaboradores da unidade sobre temas e ações relacionadas às questões do enfrentamento ao racismo, capacitismo, machismo, misoginia, xenofobia, LGBTQIfobia e diferentes formas de violências de gênero, com indicações de estratégias de divulgação a serem adotadas.

A coordenadora da Cedipa, Hilda da Silva Gomes, acompanhada da assistente social Roseli Rocha, responsável pelo eixo de Enfrentamento ao Racismo Institucional, à Xenofobia, Preconceitos e Discriminações contra Descendentes dos Povos Originários, foram recebidas pela pesquisadora social da Fiocruz Amazônia, Rita Bacuri, e o vice-diretora de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Aldemir Maquiné. Na plateia, juntamente com servidores e colaboradores, a presença da socióloga Olga D’arc, servidora aposentada da Fiocruz, que contribuiu com seu relato pessoal enquanto mulher negra e ativista. “Todos puderam tirar dúvidas e opinar sobre o tema”, explica Rita Bacuri, que representa a Fiocruz Amazônia no Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz nacional.

A Cedipa foi criada, em março de 2023, com o objetivo de implementar ações que assegurem a efetivação das políticas institucionais da Fiocruz para equidade, diversidade, inclusão e políticas afirmativas, reconhecendo a pluralidade da instituição como um valor.  As linhas de ação da Cedipa estão pautadas num trabalho que potencialize e fortaleça as dimensões presentes nos enfrentamentos às diferentes violências de gênero e violações que comprometam o direito à vida das pessoas.

“Estamos aqui, com muito prazer, para conhecer o trabalho realizado pela Fiocruz Amazônia e, sobretudo, reforçar a importância e a necessidade de trabalharmos com o ideal das políticas afirmativas como um grande escopo em que favorecemos a visibilidade e a representatividade das pessoas e, principalmente, no olhar da diversidade, entender que as competências, os objetivos e todo o nosso trabalho reflete para a sociedade. Somos uma instituição pública, de saúde, e precisamos tornar mais efetivas nossas políticas públicas para que se reflitam em ações mais assertivas para a sociedade brasileira”, enfatizou Hilda Gomes.

Presente à roda de conversa, o servidor Rodrigo Daniel Liberalino, que exerce o cargo de técnico em Saúde Pública, considerou a oportunidade como um momento proveitoso para tirar dúvidas sobre a questão das cotas indígenas, porque muitas pessoas têm descendência no Amazonas e enfrentam barreiras de participação de processos seletivos e concursos. “O encontro foi muito bom, serviu para aclarar questões e futuramente poderemos ter outros que abordem pontos como as oportunidades de acesso para pessoas transexuais, que considero muito importante nessa discussão”, pontuou Rodrigo.

ALTO SOLIMÕES

Rita Bacuri lembra que desde o ano passado, a Fiocruz Amazônia possui uma comissão pró-equidade de gênero e raça formada por representantes de cada setor de atuação da unidade.  “Importante ressaltar que tanto a Acessibilidade quanto a Pró-Equidade de Gênero e Raça são políticas consolidadas dentro da Fiocruz, cabendo a Cedipa reforçar esse compromisso em todas as unidades, garantindo, por exemplo, a inclusão de percentual dessas populações especificas (negros, indígenas, pessoas trans, entre outros) a oportunidades de acesso a cursos de Mestrado e Doutorado”, pontua Bacuri, mencionando como um dos avanços recentes o curso de Mestrado em Saúde Coletiva, oferecido atualmente pela Fiocruz Amazônia, na cidade de Tabatinga, no Alto Solimões, exclusivo para indígenas da região. Segundo Rita, a intenção da comissão local é realizar um minicurso sobre equidade de gênero e raça para servidores e colaboradores não só da Fiocruz Amazônia como também de instituições parceiras.

ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa

Fotos: TK Prado/Gabinete