Projeto Amazônia Solidária entrega produtos de comunicação à comunidade rural em Rio Preto da Eva
O Projeto Amazônia Solidária, desenvolvido pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Fiocruz Amazônia, realizou uma nova entrega de produtos de comunicação, dando cumprimento ao processo de devolutiva do projeto às comunidades ribeirinhas, quilombolas e de migrantes, onde ocorreram as oficinas de educação e comunicação em saúde, ao longo do ano passado, visando fortalecer a cobertura vacinal nesses territórios. Desta vez, o destino foi a comunidade Nova Jerusalém, distante 11 quilômetros da sede do muncípio Rio Preto da Eva, situado na Região Metropolitana de Manaus. Lá, as crianças atendidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Paulo Alves de Souza, tiveram uma participação efetiva no processo de elaboração das peças, inclusive sugerindo a criação de um jogo da memória com o tema vacinação. A entrega dos produtos, ocorrida na tarde da última quarta-feira, 24/01, na sede da UBS, contou com a presença de três dos pequenos que contribuíram com a elaboração do material.
Rio Preto da Eva foi um dos 17 municípios contemplados pelo projeto, desenvolvido com parceria da NPI Expand, SITAWI Finanças para o Bem, Fiotec e Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde do Amazonas (Cosems-AM) e do Acre (Cosems-AC). “O trabalho ficou maravilhoso, elaboramos tudo na oficina usando a criatividade das pessoas e das crianças e vendo hoje o material impresso, com qualidade maravilhosa, as crianças vão poder usar o jogo da memória, a cartilha, principalmente fortalecendo a consciência de que a vacina é importante e salva vidas e desmistificando mentiras disseminadas sobre a vacinação, um tema atual e de muita importância para a Saúde Pública”, comemora Aldenize Alves Lemos, agente comunitária de Saúde da UBS.
A jornalista e educomunicadora Eneida Marques, consultora em Comunicação para o Amazônia Solidária, explica que o projeto trouxe como diferencial o protagonismo estratégico da comunidade, que transversalizou todo o processo de discussão e elaboração de peças de comunicação. “O material é totalmente educativo e, no caso do jogo da memória, ajuda as crianças a fixarem as palavras-chaves, tais como “Proteção”, “Vacina”, “Vírus”, “Seringa”, entre outras, ajudando também no processo de aprendizado e leitura”, afirma a jornalista, que fez a entrega simbólica do material para Sofia, 5 anos, Juan e Angelo, 9 anos, residentes na comunidade. “Vamos jogar em casa”, adiantou Sofia. Segundo a ACS Aldenize, a comunidade Nova Jerusalém tem um bom indice de cobertura vacinal e muitas crianças residentes na localidade. “Tomamos o cuidado de vacinar sempre e, graças a Deus, ela nunca teve reação”, afirma Tamile Lemos, mãe de Sofia.
O Projeto Amazônia Solidária deu início ao processo de devolutiva dos produtos de comunicação fazendo a entrega dos produtos, no último dia 11/01, na comunidade Nova Canaã, na altura do Km 41 da BR-174, zona rural de Manaus. O foco do material é o fortalecimento da cobertura vacinal e a intenção é a de que as peças sejam utilizadas na rotina das unidades básicas de saúde e entorno. As peças se tornam ferramenta de sensibilização e mobilização em prol das vacinas e combate à fakenews. Foram produzidos panfletos, cartazes, jogos de memória, cartilhas, bingo, entre outros, elaborados de forma participativa sobre o tema.
SOBRE OS PARCEIROS
No Brasil, a USAID, a NPI Expand e a SITAWI Finanças do Bem se uniram para criar uma parceria para apoiar a Resposta à COVID-19 na Amazônia. Entre 2020 e 2021, a primeira fase do projeto do NPI EXPAND Resposta à COVID-19 na Amazônia distribuiu mais de 23 mil cestas básicas e kits de higiene, capacitou mais de 500 agentes comunitários de saúde, doou mais de 1,4 milhão de máscaras feitas por costureiras locais e divulgou mensagens educativas de prevenção para mais de 875 mil pessoas na região. A Fase está promovendo maior resiliência das comunidades amazônicas através do apoio amplo a vacinação contra a COVID-19, campanhas de informação e combate à fake News, e apoiando os sistemas locais de saúde na região com equipamentos e insumos para detectar, prevenir e controlar a transmissão de Covid-19, bem como realizar o acompanhamento de casos agudos de COVID-19 e tratar as sequelas de síndrome pós-COVID-19.
ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa