Professor da USP ministra aula do Doutorado em Saúde Pública da Fiocruz Amazônia

A convite do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), o médico epidemiologista Fredi Alexander Diaz Quijano, professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) veio a Manaus para ministrar disciplina de Inferência Causal em Epidemiologia para os discentes do Doutorado em Saúde Pública na Amazônia (DASPAM). O programa é oferecido por meio de consórcio entre a Fiocruz Amazônia, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, Fredi realiza pesquisas sobre fatores de risco, ferramentas de diagnóstico, prognóstico e tratamento de eventos de interesse em saúde pública, especialmente na área de doenças infecciosas, sendo coordenador do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da USP.

O DASPAM tem como objetivos capacitar pesquisadores para exercitar análises críticas, utilizando, de forma integrada, conceitos e recursos metodológicos da saúde coletiva, biologia parasitária, epidemiologia, ciências sociais aplicadas à saúde, e de outras áreas conexas; desenvolver modelos analíticos de processos de saúde/doença/cuidados, tomando como referência o quadro epidemiológico, econômico, socioantropológico, histórico, biológico e ambiental no cenário regional e suas interfaces com os contextos nacional e internacional de globalização da Amazônia;  e contribuir, teórica e tecnicamente, para a formulação, implementação e gestão de políticas setoriais, bem como atuar, neste campo, na docência e na pesquisa.

São duas as linhas de pesquisa do curso de Doutorado em Saúde Pública na Amazônia: “Dinâmica, Diagnóstico, Cuidado Clínico e Controle de Doenças Infecciosas Endêmicas na Amazônia” e “Vulnerabilidade, Situações de Saúde, Gestão, Organização e Avaliação de Serviços e Cuidados de APS na Amazônia”. O egresso deve estar habilitado a planejar e desenvolver estudos em doenças endêmicas utilizando, de forma integrada, conceitos e recursos metodológicos da epidemiologia, biologia parasitária e vetorial, ciências sociais e geografias aplicadas à saúde e outras áreas conexas; produzir conhecimentos e informações sobre organização, produção e consumo de serviços de saúde, com ênfase em estudos de acessibilidade por populações vulneráveis e/ou residentes em regiões remotas e suas interfaces com especificidades regionais e com os modelos de proteção social; contribuir em processos participativos voltados para planejamento, implantação e avaliação de planos, programas e práticas de saúde, oriundas dos diversos níveis do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como de organizações representativas da sociedade civil regional.