Movimento cultural, roda de conversa, e homenagens marcam mês da mulher na Fiocruz Amazônia
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, marca a luta contra o machismo, pelos direitos das mulheres e pelo fim das desigualdades de gênero. Em alusão ao mês da mulher, o Sindicado dos Trabalhadores da Fiocruz no Amazonas (ASFOC/AM) promoveu na última quinta-feira, 15/3, o evento “Entre Mulheres”, reunindo pesquisadoras, bolsistas, técnicas e colaboradoras do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).
A programação teve início com a apresentação do grupo Maracatu Baque Mulher, um grupo de Maracatu de baque Virado, formado somente por mulheres batuqueiras. Fundado em 2016, o grupo ressalta o empoderamento de mulheres cis e trans, prezando pela sororidade, afirmando que as mulheres exibem perfeita condições instrumentais para tocar tambores, e que o fazem com maestria.
O Maracatu Baque Mulher está empenhado com a difusão da cultura afro-brasileira, manutenção e preservação dos saberes tradicionais, igualdade social, igualdade de gênero e racial. Durante a apresentação, Carla De Paula, integrante do grupo e bolsista da Instituição, relembrou a frase de sua autoria, vencedora do concurso cultural que selecionou mensagens sobre empoderamento, para compor a Homenagem da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pelo Dia Internacional da Mulher.
A seleção foi feita pela Campanha do Dia Internacional da Mulher, promovida pela Coordenação de Comunicação Social da Presidência (CCS), com apoio da Editora Fiocruz. A campanha lançou a seguinte pergunta: O que você faz para se empoderar ou empoderar as mulheres ao seu redor? “Acolho as outras mulheres como irmãs, amigas e companheiras. Empoderar-se e empoderar é fortalecer o protagonismo feminino perante à sociedade. Empoderamento é autoconhecimento”, enfatizou Carla.
HOMENAGEM
Na oportunidade, as mulheres da Fiocruz Amazônia juntamente ao diretor, Sérgio Luz, prestaram homenagens à vereadora Marielle Franco, assassinada em seu carro, com o motorista Anderson Pedro Gomes, na quarta-feira (14), na Zona Norte do Rio de Janeiro. “Nos unimos a essas manifestações que estão ocorrendo, devido ao assassinato da Marielle, uma pessoa que tinha ligação direta com a área de ensino da Fiocruz. É com muito pesar que hoje estamos prestando essa homenagem, tentando nos unir aos diversos atos que estão acontecendo pelo Brasil inteiro e pelo mundo”, pontuou Sérgio Luz.
Vereadora do PSOL, mulher, negra, nascida e criada na Maré, ativista dos Direitos Humanos, Marielle era grande parceira e colaboradora da Fiocruz. No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, durante a abertura do ano letivo da Fundação, com o tema Olhares femininos no cárcere, Marielle falou sobre a garantia dos direitos, especialmente das mulheres negras, na sociedade brasileira.
RODA DE CONVERSA
Mediada pela pesquisadora Muriel Saragoussi, socioambientalista e bolsista do Instituto, a roda de conversa: “O empoderamento feminino na sociedade contemporânea” trouxe para o centro do debate o empoderamento das mulheres e suas jornadas nas diversas áreas de atuação profissional, incluindo o campo da pesquisa científica.
ILMD/Fiocruz Amazônia, por Eduardo Gomes
Fotos: Eduardo Gomes