A Saúde no Contexto da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Com o intuito de promover o debate sobre como o Estado brasileiro tem estruturado a política de áreas protegidas e assegurado os bens e serviços sociais, em especial aqueles relacionados ao acesso dos serviços públicos de saúde às populações ribeirinhas, nesses territórios, foi realizado ontem (19/01) no Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, em Portugal, o seminário “A Saúde no Contexto da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá”.

A exposição do tema foi feita pelo pesquisador Marcílio Sandro de Medeiros, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), geógrafo e mestre em saúde pública. A moderação foi feita por Stefania Barca, investigadora doutora do Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra. O seminário teve como debatedora Ivani Ferreira de Faria, geógrafa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e investigadora em gestão territorial.

A temática foi exposta com base nas análises dos resultados preliminares do inquérito epidemiológico domiciliar sobre as condições de trabalho, saúde e vida das populações ribeirinhas, realizada no segundo semestre de 2016 por pesquisadores do ILMD/Fiocruz Amazônia.

O campo de reflexão teórica e empírica foi a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que é uma das 71 Unidades de Conservação Ambiental do Amazonas, localizada nas bacias hidrográficas do Médio e Alto Solimões, numa área de 1.124.000 hectares (aproximadamente 11.240 km²), onde vivem cerca de 11 mil pessoas distribuídas em 200 comunidades e 1.873 domicílios.

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O estudo apresentado faz parte do projeto de tese de doutoramento em Saúde pública Co-tutela em Direitos Humanos, Saúde Global e Políticas da Vida, do pesquisador Marcílio Sandro de Medeiros.

O programa de doutorado é produto da parceria entre o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, unidade técnica científica da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco, e o Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, em Portugal.

A pesquisa conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa Estado do Amazonas (Fapeam), por meio de bolsa de estudo do Programa RH Doutorado.

ILMD/Fiocruz , por Marlúcia Seixas
Foto: Edmilson Bibiani