Fiocruz Amazônia realiza oficina de autoavaliação dos cursos de pós-graduação stricto sensu
O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realizou ao longo de dois dias (8 e 9/10) a Oficina de Autoavaliação 2024 dos cursos de pós-graduação stricto sensu da instituição. Desde 2020, os cursos stricto sensu vêm fazendo reuniões de autoavaliação apoiados em convidados ou avaliadores externos ao curso/programa, buscando identificar as fortalezas e desafios, além de apresentar sugestões de aprimoramento e fomentar o debate sobre o stricto sensu, com vistas à quadrienal 2021-2024. No total, três programas – Pós-Graduação em Biologia da Interação Patógeno-Hospedeiro (PPGBIO-INTERAÇÂO), Doutorado em Saúde Pública (DASPAM) e Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Saúde na Amazônia (PPGVIDA) – apresentaram suas autoavaliações, com oportunidade de reflexão sobre as fortalezas e fraquezas identificadas e propostas de aprimoramento.
De acordo com a vice-diretora de Educação, Informação e Comunicação, Rosana Parente, responsável pela coordenação da oficina, a idéia é incentivar a participação inclusiva de coordenadores dos programas, docentes e o pessoal de apoio administrativo aos programas, no processo de autoavaliação como forma de ampliar o protagonismo das partes no processo. “Estamos trazendo como novidade desta vez a participação efetiva dos alunos no processo de autoavaliação dos cursos, tendo em vista que só é possível construir uma pós-graduação forte com a participação dos três segmentos que compõem a VDEIC: docentes, discentes e o nosso corpo administrativo que está presente para se inteirar do que acontece com alunos e docentes, daí a importância dessa reunião”, explica.
A oficina foi dividida em dois períodos: o primeiro com as coordenações de cada curso/programa apresentando uma autoanálise sobre o período 2021/2024, com os indicadores de desempenho, nos moldes solicitados pela CAPES e os resultados das reuniões de autoavaliações ocorridas até o momento. Num segundo momento, a apresentação de medidas, propostas ou em andamento, para sanar os problemas já diagnosticados.
Entre as medidas propostas para sanar problemas, estão dar um retorno aos docentes sobre a avaliação das disciplinas para melhorias, aplicar questionário estruturado de avaliação da matriz curricular, com foco na carga horária, quadro de disciplinas obrigatórias e eletivas, revisão de ementas, oficina matriz curricular; acolhida aos alunos com maior detalhamento sobre a instituição e possibilidades ao aluno do PPG, oferecer curso/oficina/disciplina sobre práticas pedagógicas; rever formatação do trabalho de teses e template em word disponível no site, manter e intensificar os cursos e oficinas teóricas de publicação científica; revisão sistemática, atividades ao ar livre e de integração e rodas de conversa entre os atores do programa.
Egressa do PPGVIDA, a enfermeira Mayra Farias, dirigente da Associação dos Pós-Graduandos (APG-Fiocruz Amazônia), evidenciou como pontos de fragilidade dos programas a necessidade de reestruturação das linhas de pesquisa; assimetria na produção entre docentes e discentes; produção não vinculada aos projetos dos docentes, sobretudo aos projetos cadastrados na plataforma Sucupira; e dificuldades relativas às gestões diferentes das instituições parceiras na realização dos cursos em associação.
A coordenadora do PPGVIDA, Ani Matssura, destaca a importância da oficina de autoavaliação como instrumento balizador das atividades do programa. “O PPGVIDA chega aos seus dez anos com expectativa de melhorar a nota na próxima avaliação quadrienal da CAPES. Fazemos um trabalho de acompanhamento dos discentes, docentes, das produções, oferecendo oficinas para a escrita de trabalhos científicos, trabalhando para aperfeiçoar nosso site, ou seja, todo um trabalho nesses quatro anos para chegar nessa meta junto ao programa, A CAPES sempre nos avaliou como um programa de alto impacto e relevância social e continuamos sendo muito procurados, estando inclusive com edital lançado com inscrições abertas e muita procura pelos candidatos”, avalia, salientando que a autoavaliação mostra onde estão os pontos fortes e onde é preciso trabalhar melhor.
ILMD/Fiocruz Amazônia, Por Júlio Pedrosa
Fotos: Júlio Pedrosa