Programa de Mobilidade Acadêmica da Fiocruz seleciona alunos do PPGBIO-Interação, do ILMD/Fiocruz Amazônia

Três alunos dos cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biologia da Interação Patógeno-Hospedeiro (PPGBIO-Interação), do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) foram aprovados no Programa de Mobilidade Acadêmica 2024, ofertado pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A chamada disponibiliza apoio financeiro para até 10 discentes, regularmente matriculados em programas de pós-graduação stricto sensu de mestrado (acadêmico ou profissional) ou doutorado (acadêmico ou profissional) da Fiocruz.

Confira o resultado da Chamada de Seleção Interna

Os doutorandos Emmily Mourão e Rafael Miranda tiveram as candidaturas aprovadas, em conformidade com as vagas ofertadas na Chamada de Seleção Interna da VPEIC. O PPGBIO-Interação teve também o mestrando Victor Calebe, classificado em lista de espera. Visando comtemplar mais pessoas, a Coordenação-Geral de Educação (CGE) comtemplou Calebe com um auxílio parcial, o beneficiando com passagens para o deslocamento, enquanto as diárias serão fornecidas pelo PPGBIO-Interação e recurso de seu orientador.

O objetivo do Programa de Mobilidade Acadêmica é selecionar discentes que tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em unidades ou escritórios da Fiocruz, distintas daquelas nas quais estão regularmente associados, ampliando a possibilidade de capacitação técnico-cientifica dos pós-graduandos, induzindo uma formação mais ampla e diversificada de profissionais da saúde, além de amplificar as oportunidades de interdisciplinaridade. O período de realização das atividades deve ter no máximo 3 meses, sendo o início da mobilidade entre 1º de julho e 30 setembro de 2024.

Orientada na Fiocruz Amazônia, pelo pesquisador Luis André Mariúba, a doutoranda Emmily Mourão, falou sobre a oportunidade de realizar mobilidade em outra Unidade da Fiocruz, bem como destacou a importância dessa aprovação para o cumprimento de uma das etapas necessárias para a realização de sua tese. “Estou indo para a Fiocruz Ceará, desenvolver o primeiro objetivo da minha tese de doutorado, que consiste em capsular uma proteína do antígeno malárico, para uma avaliação vacinal”, conta.

Rafael Miranda, relata que o programa de mobilidade é também uma oportunidade para quem deseja trilhar novos caminhos na carreira acadêmica. “Estou indo para a Fiocruz Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, onde irei desenvolver parte do meu projeto, que consiste em identificar ectoparasitas que foram coletados na Amazônia legal, dos morcegos que ficam circulando essa região. Nós esperamos encontrar nesses ectoparasitas, possíveis patógenos que podem ser transmitidos para a população. Esse programa de mobilidade acadêmica, oferecido pela Fiocruz, traz muitas oportunidades para nós, alunos da pós-graduação, eu sou um exemplo vivo disso. Em 2018, eu era da Unidade de Minas Gerais, e fui selecionado para vir realizar mobilidade em Manaus. Graças ao programa, criei laços profissionais aqui, e que quatro anos depois me fizeram passar no processo seletivo para o curso de doutorado”.

Victor Calebe, vê na oportunidade não só a possibilidade de executar etapas de sua dissertação, mas também uma chance de conhecer novos pesquisadores, estudos e projetos que possam contribuir com seu futuro profissional. “Estou indo para o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), realizar o desenvolvimento de uma nova tecnologia para compor minha dissertação de mestrado. Ser comtemplado pela CGE com a mobilidade, é uma grande oportunidade para conhecer um novo grupo de pesquisa, novos pesquisadores e fazer essa network para futuros projetos na carreira acadêmica”.

A pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Priscila Aquino, coordenadora do PPGBIO-Interação, avalia que a aprovação dos estudantes no Programa de Mobilidade Acadêmica vem agregar à formação acadêmica do aluno e ao projeto que desenvolve. “É algo que vem acrescentar muito no trabalho dos alunos, a gente vê isso refletido nas suas teses e dissertações, ao passo de que para os alunos a gente vê o tanto que essa experiência vem agregar à formação científica e profissional deles. Mais uma vez, termos alunos dessa edição, inclusive do mestrado como também do doutorado, tendo essa oportunidade, nos deixa muito felizes, pois a gente observa que esses momentos de experiência nesses outros laboratórios pode acrescentar na realização e obtenção dos resultados de cada um desses projetos”, destaca.

ILMD / Fiocruz Amazônia, por Eduardo Gomes
Fotos: Eduardo Gomes