Cogic detalha projeto da nova sede da Fiocruz Amazônia a analistas patrimoniais do 2º Grupamento de Engenharia do Exército
A coordenadora-geral de Infraestrutura dos Campi da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ana Beatriz Cuzzatti, e o arquiteto Rodrigo das Neves Costa, do Departamento de Arquitetura e Engenharia da Cogic, participaram em Manaus, no último dia 31/10, de uma reunião na sede do 2º Grupamento de Engenharia do Exército, para a apresentação detalhada do projeto de construção da nova sede do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), que ficará localizada na Estrada do São Jorge, Zona Oeste de Manaus, em terreno cedido pelo Exército. Participaram do encontro a diretora em exercício da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes; o vice-diretor de Gestão e Desenvolvimento Institucional do ILMD, Aldemir Maquiné; o chefe da Seção de Patrimônio e Meio Ambiente do 2º GE, coronel Cláudio José dos Santos Menezes e os capitães do Exército Elomar da Costa Carvalheiro e Gilvan da Silva Medeiros, analistas patrimoniais do grupamento.
O objetivo da reunião foi o de estabelecer um diálogo dentro do processo de execução do projeto que permita o compartilhamento de conceitos e premissas estabelecidas para a construção da nova sede, que ficará situada ao lado da sede do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), no São Jorge. Ana Beatriz Cuzzatti destaca a importância do alinhamento de informações no que se refere ao status do projeto e os conceitos utilizados para a sua elaboração, diferentes dos empreendimentos do Exército, dadas as características e premissas para os ambientes de saúde característicos de uma unidade regional da Fiocruz.
“Nossa finalidade, com esse encontro, foi qualificar o diálogo a partir do que são essas premissas e promover um alinhamento de execução, importante para retornar e alinhar os processos iniciais da execução, sem necessariamente entrar em detalhes dos sistemas de engenharia, mas permitindo uma panorâmica para compreensão do empreendimento”, explicou Ana Beatriz. Segundo ela, a Fiocruz possui consolidado um padrão de premissas adotadas em vários dos empreendimentos da Fundação que levam em conta flexibilidade, adaptabilidade, modulação, setorização, integração, colaboração e compartilhamento, sustentabilidade e capacidade de manutenção.
A diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, destacou que, enquanto instituição de ensino e pesquisa em saúde, a Fiocruz Amazônia tem como uma das principais características a circulação permanente de pessoas, entre servidores, bolsistas, alunos participantes de projetos de pesquisa e eventos realizados pelo instituto, e amostras biológicas, “daí a necessidade de alinhamento de informações referentes ao empreendimento, bem como de todas as etapas que compreenderão o processo de construção e as premissas de segurança para o ambiente”, destacou.
O prédio, de seis pavimentos, apresenta como premissas soluções flexíveis, considerando mudanças futuras; setorização; criação de pavimentos técnicos nos edifícios de laboratórios; ambientes com nível de biossegurança 3; modelagem BIM e escalonamento para expansão. Contará com setores de pesquisa, laboratórios, apoio laboratorial, setor de gestão, restaurante, ambulatório, salas de aula, biblioteca, área de estudo e galeria de ciências, com setorização de funções, com o objetivo de proporcionar maior eficiência energética, espaços colaborativos buscando integração entre os trabalhadores, e adoção de medidas buscando a sustentabilidade ambiental, criação de pavimentos técnicos nos edifícios de laboratórios.
O arquiteto Rodrigo Costa, que fez a apresentação da planta arquitetônica do prédio, explicou também que, do ponto de vista de Segurança biológica, a sede contará com regime de contenção, para evitar risco de contaminação saindo dos laboratórios, seja no sistema de ar condicionados com dois filtros absolutos para captar microorganismos e damper de fechamento – tendo em vista que a principal via de contaminação é a aérea –, controle de acesso, intertravamento de portas (quando houver manipulação de um elemento perigoso), tratamento de efluentes, entre outras medidas.
Após a reunião no 2º GE, os representantes da Cogic conheceram o terreno onde será construída a nova sede da Fiocruz Amazônia. No último dia 21/09, o diretor executivo da Fiocruz, Julinao de Carvalho Lima, juntamente com a diretora em exercício da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, e comitiva, estiveram reunidos na sede do Comando do 2º GE para tratar sobre o projeto e o fortalecimento da parceria entre Exército e a Fiocruz Amazônia.
SOBRE A COGIC
A Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) é responsável pelo gerenciamento do espaço físico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). São mais de 800 mil m2 de área, no bairro de Manguinhos, subúrbio do Rio de Janeiro. A Cogic está presente em todas as atividades da instituição, prestando desde serviços básicos, como jardinagem, limpeza, controle de pragas e vetores, até executando obras, manutenção de civil e equipamentos, e segurança. Cerca de dois mil e seiscentos profissionais especializados trabalham para oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento das atividades. Além do campus de Manguinhos, a Cogic atua em todos os campi da Fundação no Rio de Janeiro, em Brasília, Mato Grosso do Sul e Ceará, Minas, Amazonas, Pernambuco, Bahia, Paraná e Rondônia, sendo responsável pela área de projetos de engenharia e segurança eletrônica.
ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa
Fotos: Júlio Pedrosa