Fiocruz Amazônia tem projeto de imersão científica aprovado na Chamada Pública do CNPq para o Programa Futuras Cientistas
O Projeto “Da Célula à Bancada: Experimentando Ciência com o Estudo da Biologia e da Química Aplicada”, do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), da Fiocruz Amazônia, foi uma das propostas aprovadas na Chamada Pública de Projetos de Imersão Científica do Programa Futuras Cientistas 2026, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene). O objetivo foi selecionar projetos de trabalhos e instituições parceiras de todos o País para a realização das atividades de Imersão Científica de modo a permitir a participação de pesquisadores de vários Estados. O projeto ocorrerá no mês de janeiro de 2026, com aulas e prática em laboratório, na sede da Fiocruz Amazônia, em Manaus.
O projeto se destina a estudantes do 2º ano do Ensino Médio e professores da rede pública de ensino. A Chamada do CNPq visa ampliar a oferta de laboratórios disponíveis para escolha pelas participantes em todo o país. A pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Amazônia, Priscila Aquino, comemora a conquista e explica que o Projeto Da Célula à Bancada visa proporcionar uma experiência de imersão científica interdisciplinar, integrando os conteúdos curriculares de Biologia e Química por meio de práticas laboratoriais com fungos filamentosos, a fim de possibilitar que alunas e professoras do ensino médio compreendam a aplicação desses conhecimentos no contexto da pesquisa biomédica desenvolvida na Fiocruz Amazônia.

Para Priscila, a experiência da imersão científica é de fundamental importância na formação acadêmico-cientifica de futuras pesquisadoras. “Esses projetos de imersão científica são, particularmente, importantes para despertar o interesse de meninas pelas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), fortalecendo o protagonismo feminino na ciência e promovendo a equidade de gênero, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030”, enfatiza a pesquisadora, ressaltando que o Programa Futuras Cientistas valoriza também o papel das professoras como mediadoras e multiplicadoras do conhecimento científico.
“É a primeira vez que temos um projeto aprovado no edital Futuras Cientistas – Imersão Científica e acho fundamental estimularmos a participação tanto em termos institucionais quanto sociais e científicos”, observa Priscila. Ela salienta ainda que a participação no programa reforça o compromisso da Fiocruz Amazônia com a promoção da equidade de gênero na ciência e vem a somar a outros esforços da unidade junto a esse público, ampliando o alcance, a diversidade e a efetividade das atividades voltadas para a formação de jovens cientistas.
SOBRE O FUTURAS CIENTISTAS
O Futuras Cientistas é um programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) que estimula o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, a fim de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional. Com o desenvolvimento do pensamento e de atividades científicas transdisciplinares, reduzimos barreiras para o acesso e permanência de meninas e mulheres nos espaços científicos. Em 10 anos, 70% das participantes do programa foram aprovadas no vestibular. Destas, 80% escolheram cursos nas áreas de Ciência e Tecnologia. As frentes de atuação têm início no ensino médio, entretanto seguem até o ensino superior. O objetivo do programa é estimular o interesse e promover a participação de mulheres professoras e estudantes do ensino médio, nas áreas de Ciência e Tecnologia, através de sua aproximação a centros tecnológicos e instituições de ensino e pesquisa. São frentes de ação do programa: Imersão Científica, Banca de Estudos, Mentoria e Estágios.
ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa
Fotos: Júlio Pedrosa e Michell Mello