Aluno destaque do PIBIC/Fiocruz Amazônia é selecionado para evento na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro

“Construindo Bases para o Diagnóstico da Malária, utilizando Inteligência Artificial” é o título do projeto do estudante de Ciências Biológicas, Nelson Lima Luz, 21, aluno do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) da Fiocruz Amazônia, escolhido como destaque da 20ª edição da Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC), ocorrida em abril deste ano no Instituto Leônidas & Maria Deane (IMD/Fiocruz Amazônia). Pelo destaque do seu trabalho, Nelson foi selecionado para representar o ILMD/Fiocruz Amazônia no evento de boas-vindas para os novos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), referentes ao período 2023-2024, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O evento será no próximo dia 10/10 e congregará alunos de PIBIC que se destacaram nas RAIC das 11 unidades regionais da Fiocruz.

Os programas são desenvolvidos pela Vice-Presidência de Pesquisa da Fiocruz, com apoio do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Este ano, o convite aos alunos de PIBIC acontece como um gesto de reconhecimento e uma oportunidade única para os alunos de PIBIC de diversas regiões do Brasil. Eles terão a chance de participar de uma roda de conversa com pesquisadores da Fiocruz-RJ, consolidando assim sua experiência na pesquisa científica. Nelson é amazonense e bolsista do PIBIC desde o ano passado. Teve seu projeto selecionado, entre os demais, pela coordenação do PIC a partir do seu desempenho. O trabalho que desenvolveu visa reduzir o tempo do diagnóstico da malária, por meio da automatização da microscopia e tem como orientadores os pesquisadores da Fiocruz Amazônia José Joaquin Carvajal Cortês e Luciete Almeida Silva.

O projeto consiste na construção de uma biblioteca virtual de imagens, obtida por meio de microscopia de filárias e plasmódios com o intuito de desenvolver uma rede de algoritmos, para acelerar e aprimorar o diagnóstico da malária. As imagens são capturadas usando um simples smartphone e um adaptador acoplado ao microscópio, permitindo a digitalização das imagens diretamente pelo dispositivo móvel.

O projeto, que levou um ano para ser desenvolvida, já registrou um total de 35 imagens de diferentes lâminas com formas e fases distintas do Plasmodium vívax, 32 do Plasmodium falciparum e 4 do Plasmodium malarie. Nelson destaca que seu trabalho combina pesquisa científica, inovação tecnológica e a aplicação de algoritmos de inteligência artificial para agilizar o diagnóstico da malária, permitindo tratamentos mais eficazes.

Yury Oliveira Chaves, coordenador do Programa de Iniciação Científica (PIC) da Fiocruz Amazônia e pesquisador do Laboratório de Diagnóstico e Controle de Doenças Infecciosas da Amazônia (DCDIA), elogiou a iniciativa da Fiocruz em reconhecer e valorizar os alunos destacados na Iniciação Científica, ressaltando a importância disso tanto para o desenvolvimento pessoal/profissional dos alunos quanto para a valorização regional e para a instituição Fiocruz que incentiva e fomenta as pesquisas na Amazônia.

SOBRE O PIBIC

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) visa desenvolver o pensamento crítico e a iniciação cientifica de estudantes de graduação do ensino superior para a formação em recursos humano em pesquisa. Os bolsistas são orientados por pesquisadores qualificados da instituição, com oportunidade de acesso a técnicas e metodologias de pesquisa inovadoras. Já o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) tem como finalidade estimular nos estudantes do ensino superior, o desenvolvimento e a transferência de novas tecnologias e inovação aplicadas à necessidades da área de saúde da população brasileira. Este programa visa à formação de recursos humanos para atividades de pesquisa diretamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico e à inovação, fortalecendo a capacidade inovadora de pesquisa no País. Assim como o PIBIC, os bolsistas PIBITI são orientados por pesquisadores qualificados da Instituição e incentivados a desenvolver um pensamento científico voltado para os desafios da sociedade na área de saúde e a realizar pesquisas nesse contexto.

ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa

Foto: Júlio Pedrosa e Arquivo/ILMD