Fiocruz Amazônia homenageia ex-diretores da instituição e anuncia criação da Medalha Leônidas e Maria Deane
A Fiocruz Amazônia realizou na noite da segunda-feira, 19/08, festividade solene em homenagem ao ex-diretores da instituição, dentro da programação de atividades comemorativas aos 30 anos de criação do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), no Amazonas. Na ocasião, a diretora do instituto, Stefanie Lopes, anunciou a criação da Medalha Leônidas e Maria Deane, comenda que será instituída por meio de portaria, passando a vigorar a partir de 2025, com a finalidade de reconhecer e homenagear pessoas que contribuíram significativamente para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação na Amazônia. Durante a festividade solene, ocorrida no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, no Distrito Industrial I, foram prestadas homenagens, com a entrega de troféus aos ex-diretores Roberto Sena, Marcus Barros, Muriel Saragoussi, Luiza Garnelo, Júlio César Schweickardt, Luciano Toledo, Sérgio Luz e Adele Benzaken.
Foram agraciados também com menção honrosa pela destacada atuação e os serviços prestados à instituição o virologista Felipe Gomes Naveca, a médica sanitarista Luiza Garnelo e sociólogo Sully Sampaio. “Foi maravilhoso poder homenagear essas pessoas, porque percebemos a emoção de cada um deles”, afirmou a diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, destacando o papel de cada um para a história do ILMD/Fiocruz Amazônia. “Felipe Naveca pela contribuição no sequenciamento genômico do novo coronavírus; Luiza Garnelo como sanitarista indígena e Sully Sampaio pelo trabalho como coordenador executivo do Projeto QualficaSUS”, explicou.
O pesquisador Felipe Naveca agradeceu a homenagem, ressaltando a importância do aprendizado vivenciado por ele e sua equipe no período da pandemia. “É sempre muito gratificante ser reconhecido pelos pares, pessoas que sempre te acompanham no dia a dia. Para mim, foi emocionante e o reconhecimento do trabalho de uma equipe que atuou nos piores momentos da pandemia. Primeiro no diagnóstico, uma vez que muitas pessoas precisavam ter um diagnóstico confirmado, e depois na caracterização genômica das linhagens”, recordou, destacando que a atuação do grupo demonstrou também o protagonismo do Amazonas num momento tão difícil. “Ninguém deseja que isso (pandemia) aconteça novamente, mas se for preciso estamos preparados para contribuir mais e melhor”, observou.
Presente à solenidade, o assessor especial para Territórios e Periferias do Ministério da Saúde, Valcler Rangel Fernandes, enfatizou a sensibilidade da Fiocruz Amazônia para os problemas da região. “No Ministério da Saúde, estamos trabalhando numa ação diferenciada para a região amazônica, na forma de um programa e estamos reunindo todas as áreas técnicas e secretarias do ministério, e isso tende a se potencializar muito com as contribuições dos institutos de pesquisa. O ILMD tem uma vocação especial para isso, e contribuirá de forma decisiva por meio de seus programas de pós-graduação e pesquisas que se tornam políticas públicas”, adiantou.
Um dos ex-diretores homenageados foi o médico Marcus Barros, primeiro diretor da instituição quando da instalação do então Escritório Técnico da Amazônia. Ele ficou à frente do instituto entre 1994 e 1997. Segundo ele, o reconhecimento e a gratidão são valores pouco cultivados nos dias de hoje. “Receber essa homenagem pela Fiocruz Amazônia pelo que fizemos na construção desse processo tão importante que foi a construção da Fiocruz Amazônia, é motivo de alegria pelo reconhecimento”, afirmou, lembrando a contribuição do grupo de pessoas que deu início junto com ela a essa trajetória. “Agradeço em nome de todos o que a Fioruz faz em gratidão e reconhecimento”, finalizou. Os ex-diretores Júlio Schweickardt, Adele Benzaken e Muriel Saragoussi foram representados, na solenidade, pelos filhos, por não poderem estar presentes.
ILMD/Fiocruz Amazônia, Por Júlio Pedrosa
Fotos: Michell Mello / Fiocruz Amazônia