PPGVIDA alcança marca de 100 defesas de trabalhos de dissertação realizadas no Mestrado da Fiocruz Amazônia

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA), oferecido pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), alcança nesta quarta-feira, 22/05, a marca de 100 defesas de dissertação realizadas ao longo de dez anos de história. A Dissertação de número 100 é da Mestranda Raynara Evangelista, da turma do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil-Fiocruz). O trabalho, intitulado A COVID-19 e o Cotidiano dos Serviços de Saúde Indígena na Região de Tríplice Fronteira Amazônica”, teve como orientador o pesquisador do Laboratório de História e Políticas Públicas de Saúde na Amazônia (LAHPSA), Rodrigo Tobias de Sousa Lima.

A primeira turma do PPGVIDA data de 2015, totalizando 100 egressos do programa em uma década. Para a coordenadora do Programa, a pesquisadora Ani Matsuura, do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), da Fiocruz Amazônia, atingir a marca é motivo de grande satisfação. “Chegar na centésima defesa de dissertação significa 100 pessoas formadas em Saúde Pública e 100 trabalhos científicos realizados com forte impacto social na região amazônica. O PPGVIDA tem feito grande esforço para a inclusão das pessoas das áreas de fronteira e indígenas e está cada vez mais consolidado. É um momento de comemoração para todos os orientadores e docentes que estão e já estiveram à frente da Coordenação”, ressalta.

Enfermeira de formação, Raynara Evangelista se sente honrada de estar na posição de mestranda número 100 do PPGVIDA. “Sinto uma mistura de gratidão e ansiedade, e ao mesmo tempo muito honrada de poder estar concluindo essa grande etapa na minha jornada acadêmica. Sou grata a Deus de poder concluir o mestrado e ficar sabendo que é a centésima defesa de dissertação é motivo de muita satisfação”, afirma a mestranda, agradecendo o apoio dos colegas, orientadores e do Vigifronteiras, por meio do qual teve a oportunidade de conhecer o PPGVIDA.

O chefe da Secretaria Acadêmica do ILMD/Fiocruz Amazônia, Eduardo Garcia, destaca o esforço dos orientadores e equipe de apoio, juntamente com as instituições parceiras que colaboraram ao longo desse período. “Todos os docentes que passaram e ainda estão no programa, parceiros e nossa equipe de apoio representam um esforço de muitas mentes e mãos em união para chegar nessa marca. Temos que celebrar esse momento e, na próxima década, multiplicar esse número, perpetuando a ação e a presença da Fiocruz Amazônia na Saúde Pública da região amazônica”, frisou.

“Em se tratando da Região Norte, podemos considerar como uma marca expressiva. O fato de chegar à marca de 100 defesas em seus quase dez anos de história, sem dúvida, é um momento especial para a PPGVIDA e também se reflete para a história da Pós-Graduação do Norte do País, em especial, na área de Saúde Coletiva no Amazonas. Contribuímos com 100 mestres para o Sistema Único de Saúde e isso é reflexo do compromisso da Fiocruz Amazônia com o SUS e a saúde pública no Amazonas”, complementa Garcia, ressaltando o papel da Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação, na pessoa da professora-doutora Rosana Parente, e da pesquisadora em Saúde Pública Luiza Garnelo, reponsável pela criação do curso stricto sensu, no processo de consolidação do programa.

SOBRE O PPGVIDA

O PPGVIDA tem como objetivo capacitar profissionais para desenvolver modelos analíticos capazes de subsidiar pesquisas em saúde, apoiar o planejamento, execução e gerenciamento de serviços e ações de controle e o monitoramento de doenças e agravos de interesse coletivo e do Sistema Único de Saúde na Amazônia.

O programa também visa planejar, propor e utilizar métodos e técnicas para executar investigações na área de saúde, mediante o uso integrado de conceitos e recursos teórico-metodológicos advindos da saúde coletiva, biologia parasitária, epidemiologia, ciências sociais e humanas aplicadas à saúde, comunicação e informação em saúde e de outras áreas de interesse acadêmico, na construção de desenhos complexos de pesquisa sobre a realidade amazônica.

O programa possui duas linhas de pesquisa – Fatores socio-biológicos no processo saúde-doença na Amazônia e Processo Saúde, Doença e Organização da Atenção a Populações Indígenas e outros grupos em situações de vulnerabilidade. A primeira une pesquisadores das áreas biológicas e social para o estudo das condições de vida e situação de saúde das populações amazônicas, bem como a identificação de fatores de transmissão, virulência, mecanismos imunológicos e desenvolvimento de estratégias de prevenção, monitoramento e controle de doenças de interesse para a região. As atividades da segunda linha visam a realização de estudos qualiquantitativos desenvolvidos mediante o entrecruzamento da história, gestão, organização e monitoramento das políticas, serviços e programas oficiais de saúde com as práticas e concepções de populações amazônicas sobre saúde, cuidados, adoecimentos e morte.

ILMD/Fiocruz Amazônia, Por Júlio Pedrosa

Fotos: Arquivo/Fiocruz Amazônia