Fiocruz Amazônia e Fiotec realizam oficina de integração para avançar na parceria e otimizar a execução de projetos

O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) realizaram, em Manaus, a 1ª Oficina de Integração Fiotec e ILMD, dentro do Projeto Fiotec Escuta, criado pela nova gestão da Fiotec, empossada em julho deste ano. O objetivo do projeto é alavancar a parceria entre a fundação de apoio e as unidades técnico científicas da Fiocruz em todo o País, visando otimizar a relação de proximidade e aumentar a efetividade na execução compartilhada dos projetos bem como o apoio aos pesquisadores na captação de recursos externos. A diretora técnica da Fiotec, Vanessa Costa e Silva, juntamente com a coordenadora do Escritório da Fiotec em Brasília, Yonara Silva, estiveram reunidas ao longo do dia com a diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, bem como representantes da gestão, coordenadores de projetos de pesquisa e a equipe de colaboradores do Escritório de Projetos do ILMD. A oficina, realizada no dia 21/11, foi dividida em dois momentos – pela manhã, com a diretoria, e à tarde, com os coordenadores – para definição de estratégias de operacionalização de processos, identificação de potencialidades e a melhoria da comunicação institucional na área de projetos.

“Assumi a diretoria técnica da Fiotec para um mandato de quatro anos, junto com a Cristiane Sendim, que é a diretora executiva, o Marcelo Amaral, que é o diretor administrativo, e o Mansur Ferreira Campos, que é o diretor financeiro e de integridade, com a perspectiva de produzir mais uma alavancagem na Fiotec para darmos conta do crescimento da própria Fiocruz e poder apoiar mais ainda a adequada execução dos recursos e a logística necessária aos projetos”, afirma Vanessa Costa, explicando que a nova gestão da Fiotec abriu várias frentes de melhorias, tanto de processos internos, projeto Fiotec Avança, como também na relação com a Fiocruz, razão pela qual foi criado o Fiotec Escuta.

“O projeto consiste na abertura de um canal mais regular de proximidade entre as instituições que são parceiras. Estamos realizando uma primeira visita às unidades técnico científicas, para conversas tanto com a direção quanto com os coordenadores de projetos e as equipes dos escritórios de projetos, que não vai se resumir somente a esse encontro. É o início de um processo que vai durar quatro anos”, salienta Vanessa, observando que ao abrir um canal de diálogo está se permitindo reconhecer as especificidades e os interesses de cada unidade em relação aos projetos para um apoio mais efetivo. O ILMD é a segunda unidade regional da Fiocruz visitada pelo Fiotec Escuta. A primeira foi o Instituto Ageu Magalhães, em Pernambuco.

Para os pesquisadores do ILMD, o diálogo com a Fiotec permite uma proximidade maior entre as duas instituições. “A Fiotec é uma instituição importante para quem coordena projetos, tanto projetos de extensão quanto de ensino ou de pesquisa porque dá segurança para o coordenador quanto à correta execução financeira dos recursos, como também presta assistência na questão da prestação de contas com todas as diretrizes legais necessárias”, explica a pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Michele Rocha El Kadri, chefe do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (Lahpsa).

Segundo El Kadri, esse tipo de encontro é importante no sentido de dar voz às demandas dos coordenadores de projetos. “Entendemos que temos que ter organização, mas por outro lado também podemos fazer ver à instituição quais são as necessidades de quem está no campo. Os órgãos da Fiocruz são muito distintos e estão no país inteiro. “Na Amazônia, temos ainda a particularidade de termos muitos serviços que são demandados e executados nas próprias comunidades, onde mutas das vezes não tem mais que um fornecedor, mais que um prestador de serviço para a realização do trabalho que você necessita, seja em comunidades quilombolas, ribeirinhas ou nas próprias aldeias indígenas”, afirma ela, acrescentando que o encontro foi importante também no sentido de ressaltar o papel que a Fiotec tem no sentido de dar todo o apoio e suporte na execução dos projetos nos territórios.

A pesquisadora social Rita Bacuri, do Laboratório Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema, da Fiocruz Amazônia, considerou excelente a oportunidade de escuta proporcionada pela Fiotec. “Coordenamos projetos e temos que considerar as particularidades da Região Amazônica, que criam verdadeiros desafios logísticos para serem vencidos, principalmente no que se refere a transporte e altos custos devido às grandes distâncias”, explica Bacuri.

SOBRE A FIOTEC

A Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) foi instituída como uma fundação privada sem fins lucrativos com o objetivo de prestar apoio às funções de ensino, pesquisa, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, produção de insumos e serviços, informação e gestão implementadas pela Fiocruz, conforme expresso no seu Estatuto elaborado com base no que determina a Lei nº 8.958/1994, regulamentada pelo Decreto nº 7.423/2010.

A relação com a Fiocruz está declarada no documento instituidor da fundação de apoio, tornando claro que a finalidade da Fiotec é contribuir para que a instituição apoiada continue sendo a maior instituição em ciência, tecnologia e inovação em saúde da América Latina, o que representa a possibilidade latente de avanços que beneficiarão a população do Brasil e do mundo.

A sede da Fiotec está localizada no Rio de Janeiro, no campus Maré da Fiocruz, facilitando a interlocução com as equipes dos projetos. Com a intenção de ampliar essa proximidade, há, ainda, um escritório localizado em Brasília.