PPGVIDA
Mestrado Acadêmico em Condições de Vida
e Situações de Saúde na Amazônia
Mestrado Acadêmico em Condições de Vida
e Situações de Saúde na Amazônia
O PPGVIDA pela primeira vez no Brasil, está ofertando uma turma dedicada exclusivamente à formação de sanitaristas indígenas. Essa oferta decorreu de estudos que indicam que através dos processos seletivos realizados pelo PPGVIDA, apenas 3 indígenas têm o título de mestre em Saúde Pública pelo Programa. Adicionalmente, estudo desenvolvido em parceria com Instituições de Ensino Superior do Amazonas, evidenciou um amplo leque de dificuldades enfrentadas pelos candidatos indígenas, tais como impossibilidade de deslocamento para realização do processo seletivo na capital do estado; dificuldade de acesso à internet para efetivar inscrição por meios virtuais; pouca familiaridade com a documentação requerida para inscrição nos processos seletivos e com a literatura científica característica da saúde coletiva, aprofundando as desigualdades enfrentadas pelos candidatos indígenas nos processos seletivos, mesmo concorrendo nas vagas ofertadas para cotistas.
Assim é que em agosto de 2023, foi iniciada no município de Tabatinga-AM uma turma de Mestrado em Saúde Coletiva, exclusivamente para indígenas do Alto Solimões, através de processo seletivo para 15 vagas. O objetivo dessa oferta é qualificar indígenas graduados em diversas áreas de conhecimento para que possam atuar no campo da saúde coletiva e desenvolver atividades, atuando nas instituições que existem na região e contribuindo para melhoria da prestação dos serviços em saúde indígena e na própria atenção primária do município.
Essa iniciativa conta com apoio local da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que concedeu 15 bolsas mais recursos para auxilio em pesquisa para os alunos, conta ainda com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), por meio de projeto aprovado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e por fim do ILMD/FIOCRUZ AMAZÔNIA e da FIOCRUZ, através Vice Presidência de Educação Informação e Comunicação (VPEIC) e da Vice Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS).
A turma oferecida fora de Sede pelo Programa é Coordenada pela Professora Dra. Maria Luiza Garnelo Pereira, membro do corpo Docente do PPGVIDA do Instituto Leônidas Maria Deane/FIOCRUZ, Desenvolve pesquisa e extensão em Saúde Coletiva Política, Gestão e Organização de Serviços em Atenção Primária em Saúde com populações rurais e indígenas e pesquisas em Antropologia, com ênfase em Antropologia e Saúde e Etnologia Indígena, atuando prioritariamente na área indígena do Alto Rio Negro.
PORTARIA Nº11/2022, de 01 de fevereiro de 2023 – Período de Vigência: fevereiro de 2023 a fevereiro de 2025.
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Discente | Agência de Fomento | Início da Bolsa | Término da Bolsa |
ALCINEY RODRIGUES DORLIS | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/08/2025 |
CLOTIDE MENDES BASTOS | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/08/2025 |
DELCILENE JUVITO MARIANO | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/08/2025 |
ELNEY GOMES GAMA | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/08/2025 |
FÁBIO FIDEL DA SILVA SANTANA | CNPQ | 01/09/2023 | 31/08/2025 |
ISMAEL ARAÚJO COELHO | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
JOSILENO ESTEVÃO MARUBO | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
JOSIMAR CARNEIRO FERNANDES | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
MILENE TENAZOR MACEDO | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
NEIZE LAURA DE LIMA DEVEZA | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
OZEIR CAVALCANTE FERNANDES | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
SAMIELY ARCANJO SEBASTIÃO | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
TAFFAREL NOGUEIRA DE CARVALHO | FAPEAM | 01/09/2023 | 31/07/2025 |
Etnicidade, Sustentabilidade e Saúde Coletiva Na Tríplice Fronteira Da Amazônia - Nivelamento
O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) finalizou neste final de semana o Curso de Aperfeiçoamento e Etnicidade, Sustentabilidade e Saúde Coletiva na Tríplice Fronteira da Amazônia, etapa preparatória ao Mestrado do Programa de Pós-Graduação em condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA), que será oferecido pela primeira vez a indígenas da região de fronteira do Alto Solimões, no município de Tabatinga, a partir do segundo semestre deste ano. O curso preparatório foi iniciado em setembro do ano passado e contou com carga horária de 200 horas/aula, reunindo um total de 40 indígenas das etnias Tikuna e Kokama, dos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant. A iniciativa faz parte do Programa de Ações Afirmativas do ILMD/Fiocruz Amazonia, que visa combater discriminações étnicas, raciais, religiosas e de gênero ou de casta, para promover a participação de minorias e combate a discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero ou de acesso à educação, no caso à formação de sanitaristas indígenas.
“Estamos criando condições para que os indígenas possam se apropriar do método científico, numa iniciativa inédita que visa não somente contribuir com a Política de Ações Afirmativas, como também interiorizar as ações do ensino de pós-graduação do ILMD/Fiocruz Amazônia”, explica a pesquisadora em Saúde Pública do ILMD/Fiocruz Amazônia, Luiza Garnelo, coordenadora e docente do curso. Ela explica que a iniciativa sempre teve o horizonte mais longo de formar índios sanitaristas. “Para isso, estamos reunindo uma série de iniciativas isoladas para gerar um esforço conjunto mais ampliado. No limite, nosso desejo é que possamos capitanear uma iniciativa dentro da Fiocruz que sirva para a reflexão sobre a necessidade de se rever a política de ações afirmativas, para que não se limite apenas à política de ofertas de cotas, mas que tenhamos uma série de degraus que vão auxiliando esse estudante indígena aldeado ou morador de área rural no interior do Amazonas a alcançar um domínio do campo acadêmico”, salientou Garnelo.
Desde a sua criação, em 2015, o Mestrado em Saúde Coletiva do PPGVIDA do ILMD/Fiocruz Amazônia conseguiu formar apenas três indígenas do Alto Rio Negro, um quantitativo bastante limitado, de acordo com a coordenadora. Será a primeira vez que o programa oferecerá um curso de mestrado fora da sede, em Manaus, única e exclusivamente voltado para indígenas, em sua grande maioria aldeados, na modalidade sala estendida do programa, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) – que concedeu 15 bolsas, mais recursos para auxílio em pesquisa aos indígenas aprovados – e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), por meio de projeto aprovado recentemente em edital lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A parceria também conta com o apoio da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fiocruz, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal de Roraima.
“Acabamos de aprovar projeto junto ao CNPQ, com uma visão mais ampliada do que estamos propondo, porque entendemos que a política de cotas é insuficiente, o que nós estamos fazendo é oferecer vagas para uma seleção específica e bolsas, mas no nosso entendimento precisa de muito mais do que isso. Fazem-se necessários um sistema de acolhimento, uma matriz curricular diferenciada para essas minorias e degraus que conseguimos prover no curso de atualização”, explicou Garnelo. O curso de atualização aconteceu no Núcleo de Saúde Ambiental (NESAM), em anexo do campus da UEA de Tabatinga. Os alunos, em sua maioria, tikunas da comunidade Umariaçu 2, tiveram oportunidade de conhecer aspectos diferentes do processo de formação, com ênfase em estruturação de projeto, métodos de pesquisa em bases curriculares nacionais e como se concebe o conhecimento ocidental.
O curso foi dividido em cinco unidades temáticas, sendo uma transversal relativa às competências do estuante, com uma semana de aulas por mês. Os temas das unidades foram Espaço e Saúde; Saúde, Sustentabilidade e Condições de Vida; Etnicidade, Direitos e Política Indígena; Política e Gestão em Saúde (Indígena e não-indígena), e Diálogos plurais entre saberes indígenas e saberes científicos. A diretora do ILMD/Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken, destaca o ineditismo e a relevância do curso no processo de valorização do conhecimento tradicional. indígena e na abertura de oportunidades para a formação de sanitaristas indígenas. “É um sonho que não se sonha só. Tão logo assumi a direção do ILMD/Fiocruz Amazônia, tomei conhecimento da iniciativa e nos empenhamos em viabilizar as parcerias necessárias para a concretização do curso e do mestrado, que se iniciará a partir do segundo semestre de 2023, com dois anos de duração. Sem o apoio fundamental de parceiros como a Fapeam, o CNPQ e as universidades, não seria possível alcançar esse objetivo”, afirmou.
Defensora da política de interiorização das ações de Ensino da Fiocruz Amazônia, Adele Benzaken destaca como contribuição nesse processo a realização de diversos cursos de especialização e Mestrado em Saúde Pública pelo ILMD/Fiocruz Amazônia em municípios do interior do Amazonas. “O Mestrado em Saúde Coletiva para indígenas é mais um importante passo nesse processo. Seria impossível vencermos as desigualdades existentes na Amazônia sem investirmos em pesquisa e ensino em todo esse vasto território. Sofremos com essas desigualdades e a realidade se torna ainda mais cruel em se tratando dos povos indígenas e ribeirinhos da região”, defende.
EXPECTATIVAS
A expectativa de ampliar os horizontes com a oportunidade do Mestrado enche de esperança os alunos do curso de aperfeiçoamento. Rockson Araújo Cruz, cacique tikuna da comunidade Umariaçu 2, define a oportunidade como um ”novo horizonte” que se abre para ele e os companheiros de turma. “É uma honra como líder da comunidade indígena Umariaçu 2 fazer parte de um curso que tem importância para o nosso povo e traz oportunidade de aperfeiçoamento para os nossos estudantes. É um caminho grande que temos pela frente, um horizonte novo que se abre e gostaria muito de agradecer a Fiocruz por abrir essa porta para os estudantes indígenas”, comemorou, destacando que a Umariaçu 2 tem aproximadamente 7 mil indígenas.
Satisfeito em participar do curso, o professor indígena Rinaldo Valência Firmino, 29, da etnia Tikuna, é outro que se diz esperançoso. Formado em Agroecologia, pela UEA, ele tem especialização em Geografia Ambiental e é pós-graduado em Pedagogia em Processo de Aprendizagem, Desenvolvimento e Alfabetização. Atualmente, atua como professor na escola indígena da comunidade, e acredita que como sanitarista indígena terá oportunidade de contribuir ainda mais para com o seu povo. “O mestrado traz oportunidade para trabalharmos como sanitaristas indígenas, contribuir com políticas públicas, entender e interferir na realidade indígena”, ressaltou.
PROCESSO
Presente ao encerramento, a pesquisadora da ENSP, Ana Lúcia Pontes, que atuou como docente no projeto, ressalta o protagonismo da Fiocruz Amazônia no processo de construção do curso de aperfeiçoamento e na oportunidade de oferecimento do Mestrado em Saúde Coletiva para indígenas. “Essa é uma discussão que vem se desenvolvendo a partir dos pesquisadores da Fiocruz Amazônia, mais o GT de Saúde Indígena da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) sobre as ações afirmativas e as mudanças que a política tem proporcionado desde que foi institucionalizada. Historicamente as pautas indígenas foram colocadas por pessoas não-indígenas, o que não se justifica mais porque eles (os indígenas) têm pessoas já formadas, habilitadas, capazes e que reivindicam esse lugar de falarem por si mesmos e de estarem nos espaços de tomadas de decisões de políticas públicas”, afirma Ana Lúcia, referendando a importância do trabalho desenvolvido na região da Tríplice Fronteira no Alto Solimões.
Para ela, o curso de aperfeiçoamento é uma ferramenta para facilitar e acolher os indígenas, além de gerar um processo de qualificação para que eles assumam e estejam à frente nos diferentes âmbitos, seja na política de saúde, seja na produção acadêmica, seja nos processos de ensino. “Eles não se sentiam acolhidos e bem-vindos nessas instituições acadêmicas, como não sentem nas universidades ainda sofrem muito racismo, então vimos discutindo algumas estratégias e avaliações com as próprias ações afirmativas e algumas propostas de ampliação das ações”, relembra, citando que a Fiocruz Amazônia foi a primeira a incorporar as ações afirmativas, tendo sido a pioneira também na inclusão de cotas para indígenas.
ILMD/Fiocruz Amazônia, Por Júlio Pedrosa
Fotos: Júlio Pedrosa
Aula Inaugural
O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realiza na próxima segunda-feira, 14/08, no Auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Tabatinga, a Aula Magna de abertura do primeiro curso de Mestrado em Saúde Coletiva, na modalidade Sala Estendida (realizado fora da sede da instituição) voltado exclusivamente para indígenas do Alto Solimões. No total, 52 candidatos de diferentes etnias e municípios da região se submeteram ao processo seletivo do curso, que resultou no preenchimento das 15 vagas oferecidas nesta iniciativa inédita de formação strictu senso fora da sede do Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA). A aula magna será proferida pela diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken. A matrícula dos aprovados ocorrerá nos dias 14 e 15/08, na sede da UEA em Tabatinga. O processo seletivo reuniu tikunas, kambebas, kaikanas, marubos, kokamas e kanamaris, dos municipios de Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Amaturá e Santo Antônio do Içá.
A coordenadora geral de educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC| Fiocruz), Cristina Guilam, afirma que o mestrado tem o objetivo de fortalecer o Sistema Único de Saúde da Amazônia e oferecer ao discente a formação necessária para o desenvolvimento de pesquisas de interesse para a região. “Embora tenhamos ações afirmativas em todos os níveis e modalidades de educação na Fiocruz, essa turma voltada especificamente para os povos indígenas, visa reduzir as desigualdades do ponto de vista de formação educacional, com a oferta de disciplinas de relevância a este grupo populacional”, comenta Guilam.
O curso é resultado de um esforço conjunto desenvolvido entre instituições de ensino e de fomento à pesquisa, tendo como coordenadora a docente e pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Amazônia, Luiza Garnelo. O objetivo é qualificar indígenas graduados em diversas áreas de conhecimento para que possam atuar no campo da saúde coletiva e desenvolver atividades, atuando nas instituições que existem na região e contribuindo para melhoria da prestação dos serviços em saúde indígena e na própria atenção primária do município. “Como sanitarista indígena, os profissionais podem atuar de forma qualificada na implantação de atividades de monitoramento, avaliação, vigilância em saúde e processos investigativos que são necessários para subsidiar e melhorar a qualidade das ações de Saúde”, explica Luiza Garnelo.
A iniciativa é do Instituto ILMD/Fiocruz Amazônia e conta com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que concedeu 15 bolsas mais recursos para auxilio em pesquisa para os indígenas aprovados, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), por meio de projeto aprovado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Será a primeira vez que serão oferecidas vagas exclusivas para formação de sanitaristas indígenas, de forma presencial e na modalidade sala estendida, pelo PPGVIDA. Para Adele Benzaken, o Mestrado é um marco na história do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) – que neste mês de agosto completa 29 anos de existência – e no processo de interiorização da formação continuada, concretizando um desejo antigo de vencer os desafios logísticos para oferecer essa oportunidade de qualificação em áreas remotas do Estado do Amazonas.
Adele Benzaken destaca o ineditismo e a relevância do curso no processo de valorização do conhecimento tradicional. indígena e na abertura de oportunidades para a formação de sanitaristas indígenas, compromisso assumido dede que assumiu a direção do ILMD/Fiocruz Amazônia e tomou conhecimento da iniciativa, se empenhando em viabilizar as parcerias necessárias para a concretização do mestrado, com dois anos de duração. “Sem o apoio fundamental de parceiros como a Fapeam, o CNPQ e as universidades, não seria possível alcançar esse objetivo”, salienta.
Rosana Parente, vice-diretora de Ensino, Informaçao e Comunicação do ILMD/Fiocruz Amazônia, afirma que, para oferecer o curso, foram necessárias adaptações específicas para atender às singularidades culturais e sociais dos povos indígenas que vivem na Amazônia. “Chegamos a realizar o Curso de Aperfeiçoamento e Etnicidade, Sustentabilidade e Saúde Coletiva na Tríplice Fronteira da Amazônia, que foi uma etapa preparatória ao Mestrado do Programa de Pós-Graduação em condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA), com carga horária de 200 horas”, lembrou Rosana.
Luiza Garnelo destaca que a expectativa da Fiocruz Amazônia, enquanto entidade formadora, em relação à primeira turma de mestrado, é da consolidação do projeto de interiorização das ações de pós-graduação na área de saúde coletiva. “Tivemos ao longo da última década o grande desafio de implantar cursos de saúde coletiva. O primeiro curso de Saúde Coletiva na Amazônia Ocidental foi o nosso (PPGVIDA), depois conseguimos caminhar para o Doutorado e agora estamos dando um passo ousado de interiorizar as ações de pós-graduação strictu senso em saúde coletiva em áreas de difícil acesso, regiões remotas de fronteira”, explica.
Em relação ao desempenho dos estudantes, de acordo com a pesquisadora, a expectativa é de que eles consigam se qualificar para desenvolver atividades de saúde coletiva e atuar nas instituições que existem na região. “Tivemos candidatos de todas as áreas de conhecimento, de ciências humanas, ciências naturais, ciências biológicas, ciências exatas, área da saúde, pessoas que fizeram um grande esforço de ordem pessoal, para participarem do processo seletivo. Vimos uma grande adesão dos candidatos aos problemas de saúde concretos existentes em suas localidades de origem, o que tornou o processo seletivo extremamente instigante. São pessoas que valorizam muito a iniciativa da nossa instituição, de interiorizar a pós-graduação”, observou.
Na opinião de Garnelo, além de instigante, o processo seletivo ao Mestrado Indígena foi desafiador e gratificante. “Foi desafiador porque não é uma tarefa tão simples fazer um processo seletivo com essa heterogeneidade de candidatos e propostas que surgiram aqui em Tabatinga, e gratificante porque nós vimos numa grande adesão dos candidatos aos problemas de saúde concretos que têm em suas localidades. São pessoas profundamente motivadas em fazer uma capacitação para auxiliar na resolução dos problemas, para tornar a vida das pessoas um pouco melhor, na aplicação das suas habilidades em prol do bem-estar coletivo”.
Segundo a pesquisadora, a qualificação proporcionada pelo curso tem a potencialidade de aprimorar bastante a organização do trabalho em saúde, monitoramento, vigilância epidemiológica, melhoria dos processos de gestão e administração dos serviços de saúde, cumprimento de metas, geração de indicadores que permitem monitorar a qualidade e efetividade das ações. “Esse é o tipo de conteúdo que vai gerar aprendizado no curso de Saúde Coletiva”, finalizou.
ILMD/Fiocruz Amazônia, por Júlio Pedrosa
Fotos: Júlio Pedrosa
V Semana de Pós-graduação
Participação dos discentes indígenas na turma de Sanitarista Indígena/PPGVIDA-AF, na V Semana de Pós-Graduação do ILMD/Fiocruz Amazônia
O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realizou no período de 10 a 13 de setembro de 2024, o V Encontro de Pós-Graduação da Instituição, com o tema “Saúde e Meio Ambiente na Amazônia: Papel dos pós-graduando nos desafios globais”, o encontro se propõe a discutir e divulgar avanços nas pesquisas científicas realizadas pelos pós-graduandos dos programas de pós-graduação do ILMD/Fiocruz Amazônia, promovendo maior integração entre docentes e discentes, incluindo alunos de Iniciação Científica. Este evento contou com a participação de 12 indígenas que fizeram apresentação oral de seus trabalhos.
Veja o evento mais detalhadamente através dos links:
Fiocruz Amazônia realiza abertura oficial do V Encontro de Pós-graduação da Instituição
https://amazonia.fiocruz.br/?p=48655
Encerramento do V Encontro de Pós-graduação premia trabalhos científicos submetidos e enaltece importância dos discentes para a instituição.
https://amazonia.fiocruz.br/?p=48716
Oficina de produção Textual e Redação Científica
Curso de Atualização: Oficina de produção Textual e Redação Científica
Carga horária do curso: 120 horas
Docentes responsáveis:
Dr. Sanderson Castro Soares de Oliveira – Doutor em Linguística.
Dr. Mateus Coimbra de Oliveira – Doutor em Linguística.
Dr. Gabriel Arcanjo de Albuquerque – Doutor em Literatura Brasileira.
A turma de Sanitarista Indígena – PPGVIDA – AF, do ILMD/Fiocruz Amazônia, realizou um curso inovador com foco no aprimoramento das competências linguísticas para os discentes indígenas dessa turma. O curso foi idealizado para fortalecer as habilidades de comunicação oral e escrita, fundamentais no contexto acadêmico e científico, promovendo maior clareza, coesão e eficácia na expressão de ideias e conhecimentos.
O principal objetivo foi diagnosticar e aprimorar a capacidade dos discentes de utilizar a língua portuguesa em situações práticas, como simulações de entrevistas, apresentações de projetos de pesquisa e produção textual adaptada a diferentes contextos. Para isso, o curso foi estruturado em etapas que envolvem interação face a face, exercícios de escrita situacional e apresentações acadêmicas.
As atividades realizadas proporcionarão um diagnóstico detalhado do desempenho dos discentes no uso da língua portuguesa em múltiplos contextos. A análise deverá incluir aspectos como oralidade, interpretação de diferentes tipologias textuais e produção escrita. E, os resultados serão avaliados por uma equipe de professores especializados, oferecendo subsídios valiosos para a evolução acadêmica dos discentes.
Além de fomentar o desenvolvimento técnico, o curso deverá contribuir para aumentar a confiança dos discentes em situações de comunicação acadêmica e científica, preparando-os para desafios como a escrita e a defesa do projeto de pesquisa e da dissertação.
Esta iniciativa reafirma o compromisso do PPGVIDA com a formação de excelência, promovendo o fortalecimento das competências comunicativas essenciais para o sucesso na produção e disseminação do conhecimento científico.
Primeiro relatório de atividades do curso – Clique aqui
Nos anos de 2023 e 2024, o curso ofereceu as disciplinas:
Segundo Semestre de 2023 – Clique aqui
Primeiro Semestre de 2024 – Clique aqui
Segundo Semestre de 2024 – Clique aqui
O Programa Educacional de Vigilância Em Saúde Nas Fronteiras é uma iniciativa da Fiocruz, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério das Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O objetivo é formar mestres e doutores para contribuir com o fortalecimento das ações e serviços de vigilância em saúde nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países vizinhos (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, e uma Região Ultramarina da França, a Guiana Francesa).
Essa formação é de responsabilidade da Fiocruz, principal instituição de formação e qualificação de pessoal para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação em saúde do Brasil. É realizada por meio de um consórcio entre os Programas de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e o Programa de Pós-graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia – PPGVIDA (ILMD/Fiocruz Amazônia), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul.
O público-alvo são profissionais e/ou gestores de saúde que atuam na área de vigilância em saúde, em especial em doenças transmissíveis, nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países sul-americanos vizinhos.
A expectativa é que o Programa VigiFronteiras-Brasil contribua para o fortalecimento, aprimoramento e qualificação dos profissionais e das ações e serviços de vigilância em saúde, a formação e/ou fortalecimento de Redes de Colaboração para atuar nas respostas às ações de vigilância em saúde e nas emergências de saúde pública de importância nacional e internacional.
Para mais informações sobre a turma especial
Rua Teresina, 476. Adrianópolis.
Manaus – AM. CEP: 69.057-070.
Tel.: +55 (92) 3621-2323
FALE CONOSCO
Acesse e fale com a gente
Carlos Duarte (ILMD)
Eduardo Gomes (ILMD)
Érico Xavier
Fabiane Vinente (ILMD)
Gerson Toller
Josy Caldas (ILMD)
Sully Sampaio (ILMD)
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